Pandemia

Kalil convoca coletiva e pode anunciar novas medidas contra a Covid em BH

Expectativa é que temas como Carnaval e torcida nos estádios sejam abordados; dois dos três indicadores da pandemia na capital mineira estão em estágio crítico

Por Gabriel Ronan
Publicado em 25 de janeiro de 2022 | 15:14
 
 
 
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Com dois dos três indicadores da pandemia no estágio crítico, a Prefeitura de BH convocou uma coletiva de imprensa para tratar da pandemia. A entrevista vai acontecer nesta quarta (26/1), às 15h, na sede do Executivo municipal. O prefeito Alexandre Kalil (PSD) estará no local. O TEMPO transmite ao vivo pelo portal.

Além de Kalil, integrantes do Comitê de Enfrentamento à Covid de BH vão marcar presença. São eles o secretário municipal de Saúde, Jackson Machado Pinto, e os infectologistas Unaí Tupinambás, Estevão Urbano e Carlos Starling. 

A prefeitura não informa sobre quais medidas serão anunciadas, mas em coletiva na última sexta (21/1), o secretário Jackson não descartou o cancelamento dos eventos de carnaval. “Não está descartado. É possível que haja”, disse.

BH tem pelo menos três grandes programações na agenda, com presença de artistas de renome, como Ivete Sangalo e Thiaguinho.

Em entrevista a O TEMPO, o infectologista Estevão Urbano, que integra o comitê, não recomendou a realização desses eventos na cidade. 

Outra incógnita gira em torno dos jogos de futebol. A temporada 2022 começa nesta semana com o Campeonato Mineiro. 

Medida da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) já reduziu o público das duas primeiras rodadas do torneio a 20 mil torcedores. Crianças não podem entrar nos estádios. 

Indicadores no vermelho

BH abriu mais 40 leitos de enfermaria para pacientes com Covid-19 nesta segunda (24/1), mas a ocupação voltou a subir na cidade: 83,7% para 89,7%. Portanto, o indicador permanece na zona crítica da escala de risco. 

No caso das UTIs, a ocupação é ainda mais alta: 90,3%. São 254 leitos em BH, mas apenas 22 livres no momento, conforme o boletim da prefeitura. 
As UTIs estão no patamar mais grave há nove balanços, desde 12 de janeiro. Já as enfermarias enfrentam a situação há mais tempo ainda: desde 7 de janeiro, 11 levantamentos consecutivos. 

Outro indicador fundamental da pandemia, a transmissão do coronavírus está em 1,18 em BH. Portanto, dentro do nível de alerta.

O salto na demanda está relacionado a vários fatores: a variante ômicron do coronavírus, o surto da gripe influenza e as aglomerações das festas de fim de ano e das férias. As viagens de janeiro também pesam sobre o sistema de saúde. 

A alta transmissão tem dificultado o recrutamento de profissionais de saúde. Segundo o secretário municipal de Saúde, Jackson Machado Pinto, falta até RH para admitir novos colaboradores.

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