Engasgo

Laudo conclui que bebê de São Gotardo morreu por causas naturais

A mãe chegou a ser presa pela Polícia Militar suspeita de espancar a criança até a morte, no entanto ela foi liberada porque o laudo do IML constatou morte natural

Por Natália OIiveira
Publicado em 18 de janeiro de 2019 | 17:07
 
 
 
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Um bebê de apenas quatro meses foi encontrado morto em São Gotardo no Alto Paranaíba, na noite desta quinta-feira (17). A mãe da criança, de 24 anos, foi presa, suspeita de ter espancado a criança até a morte. No entanto, o laudo do Instituto Médico-Legal (IML), que ficou pronto nesta sexta-feira (18), concluiu que a criança morreu por asfixia por conteúdo gástrico - ou seja engasgada com algo que morreu. 

De acordo com a Polícia Civil, a mãe, de 24 anos, foi ouvida e liberada, já que o laudo do IML não constatou agressões na criança.  A mãe tinha dito que o menino morreu após ela dar leite para ele, mas a prisão aconteceu porque a Polícia Militar achou que a criança estava com hematomas e o pai do bebê disse que a mãe tinha espancado o filho do casal. 

O caso ganhou notoriedade depois que a  Polícia Militar foi acionada para o bairro Boa Esperança, por volta de 21h desta quinta, com uma denúncia de maus tratos. Ao chegar na casa, os militares encontraram a criança deitada no berço,  já sem os sinais vitais.

Segundo a polícia, o bebê aparentava ter hematomas pelo corpo, como pernas e braços. A mãe negou o crime e disse que amamentou o filho com a mamadeira no fim da tarde desta quinta e o deitou no berço, de barriga para baixo. Depois disso, segundo a mãe, por volta de 20h30, o pai foi olhar o menino e já o encontrou morto. A versão dela foi endossada pelo laudo do IML. 

Pai acusou mãe de agressão 

Para a polícia militar, o pai do bebê chegou a dar outra versão para a morte. "O pai da criança disse que viu a mãe o agredindo. Pegando o bebê e o jogando no berço por várias vezes. Ele disse que tentou intervir, mas que a mulher estava em um surto e ele não conseguiu impedir as agressões", contou o cabo Alexandre Caixeta. 

A suspeita foi presa e encaminhada para a Delegacia de Polícia Civil da cidade. Segundo a Polícia Militar, a irmã da suspeita contou que ela sofria com problemas psicológicos antes mesmo de engravidar e que depois da gravidez a situação se agravou muito. Ela foi orientada a procurar ajuda médica, o que não aconteceu.

"Quando você olha para ela, vê claramente que ela tem problemas psicológicos. Ela não estava conseguindo falar sobre a morte do filhoe é muito mafra", contou o cabo. A jovem tem uma outra filha mais velha que também mora com ela e que segundo a polícia tem 8 anos. A menina é filha de outro pai.  

Em dezembro de 2018 uma denúncia de maus tratos contra a mãe tinha sido feita e o Conselho Tutelar de São Gotardo estava acompanhando o caso. A reportagem procurou o conselho que informou que não dará detalhes sobre as apurações e das providências tomadas a cerca da agressão ao bebê no mês passado. 

O corpo da vítima foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal de Patos de Minas. A perícia da Polícia Civil realizou os trabalhos no local. 

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