Médico rebate declarações feitas pelo pai de Lorenza

O gastroenterologista Bruno Sander, amigo da família Pinho e guardião temporário dos cinco filhos do casal, rebateu, nesta segunda-feira (12), as declarações feitas pelo aviador aposentado Marco Aurélio Silva, 72, pai de Lorenza Maria Silva de Pinho, 41, feitas em entrevista exclusiva ao jornal O TEMPO, no último domingo (11). 

Lorenza foi encontrada morta no último dia 2, no apartamento da família, no bairro Buritis, na região Oeste de Belo Horizonte. Na versão do marido, o promotor André de Pinho, ela teria se engasgado e falecido. Pinho foi preso dois dias após a morte sob suspeita de feminicídio. O caso é investigado pela Procuradoria Geral de Justiça de Minas.

Em depoimento, Pinho alegou que a mulher sofria de depressão e que, por vezes, fazia uso combinado de medicamentos com bebida alcoólica. Fato confirmado também pelos dois filhos mais velhos do casal, de 15 e 17 anos, mas questionado pelo avô delas, na entrevista ao jornal, no último domingo.

“Sei disto como amigo pessoal dela. A Lorenza, por muitas vezes, usava medicamentos associados com bebida alcoólica”, garantiu ontem Sander, que acredita na inocência do promotor.

Cirurgia bariátrica

Além disso, o gastroenterologista negou ter sido o responsável pela cirurgia bariátrica de Lorenza há seis meses, como foi levantado pelo aviador na entrevista. O pai de Lorenza também acusou Sander de ter prescrito “remédios muitos fortes” para a filha após a suposta cirurgia. 

“A Lorenza fazia tratamento no Hospital Mater Dei. Não fui eu quem fez a cirurgia bariátrica dela, assim como também não sou eu quem fazia o acompanhamento médico da parte psiquiátrica dela. Este tipo de informação passada à imprensa só serve para reforçar o quanto ele não tinha mesmo o menor contato com a vida pessoal da Lorenza”, respondeu Sander.

Apesar disso, o pai de Lorenza segue irredutível. Ele disse nesta segunda-feira (12) ter como provar que tudo que disse na entrevista a O TEMPO, é verdade. "Deixei com amigos documentos comprobatórios. Caso me aconteça algum tipo de retaliação ou perseguição, tudo será encaminhado para a polícia e para a imprensa", declarou Marco Aurélio Silva.