Há exatos trinta dias, uma mãe sofre com a ausência de sua filha de 9 anos que, segundo ela, teria sido levada por seu ex-companheiro, no bairro Santa Mônica, na região da Pampulha. Desde então, a mãe não sabe do paradeiro da filha e de seu ex-companheiro, Leonel Kwiek,  de 34 anos.

Segundo a promotora de eventos, Lorena Amorim, de 36 anos, após uma separação conflituosa que envolveu medidas protetivas de segurança pela Lei Maria da Penha contra o seu ex-companheiro, o clima ficou pesado entre eles. “Desde o dia 24 de janeiro que não vejo minha filha Lavínia. Saí para trabalhar e deixei ela na casa da avó. Já estávamos separados há dez meses e ele sempre visitou a filha. Só que dessa vez, ele passou na casa da minha mãe e a levou sem dizer para onde”, disse.

Lorena disse que depois que ficou sabendo do ocorrido ligou várias vezes para o ex-companheiro. “A última vez que falei com Leonel foi no dia 31 de janeiro e ele disse que eu nunca mais iria ver minha filha. Além disso, durante uma semana, ele mandou várias mensagens ameaçadoras pelo WhatsApp, quando descobriu que eu tinha Facebook  (sic)”, revelou Lorena.

A mãe da garota contou que o ex-companheiro se ressente da separação e que teria sumido com sua filha por vingança. “Ninguém tem o direito de tirar a possibilidade de alguém em ser mãe. É uma vingança porque eu não quis ficar ele. Tentei entrar em contato com a família dele, em São Paulo. Mas o que a mãe do Leonel disse foi que minha menina está bem e que a verei em breve. Só isso e depois não me atenderam mais (sic)”, lamentou.

Temor

Nos últimos anos, o ex-casal viveu por um período na cidade venezuelana de Puerto Ordaz, cerca de 660 Km da capital Caracas, onde o ex-companheiro de Lorena tem família também. Ela contou que a família de Leonel é de origem cigana e que suspeita que sua filha tenha sido levada para fora do país. “Se ele sair do Brasil com a Lavínia é só se for clandestinamente, pois os documentos dela estão todos comigo. Mas pode ser que isso tenha acontecido, ele sempre foi desequilibrado emocionalmente (sic)”, disse a mãe da menina.

Já o tio de Lavínia, o taxista Carlos Amorim, de 46 anos, disse que a família está muito abalada sem a presença da garota. “Estamos todos apreensivos. Não tivemos notícias até agora e isso não causa grande ansiedade. Além disso, as aulas dela já começaram e ela pode até perder o ano”, afirmou.

A mãe da garota informou que não denunciou o desaparecimento de sua filha às autoridades competentes, porque ainda tem esperança de ter notícias nos próximos dias. Segundo ela, a última vez que o pai de Lavínia foi visto teria sido na cidade de Lagoa Santa, na região metropolitana da capital mineira, dentro de um gol preto, placa OMC – 7313.

Porém, quando ela foi até a residência do ex-companheiro não encontrou ninguém. “Estou muito preocupada. Minha filha é doce, brincalhona e bastante infantil. Tenho certeza que onde quer que ela esteja está morrendo de vontade de voltar para a casa”, garantiu.

Denúncias

Nestes casos, a Polícia Civil orienta aos familiares não esperar o aparecimento de seus entes queridos. Quem tiver denúncias sobre supostos desaparecimentos ou informações que podem ajudar a encontrar as pessoas podem ligar no telefone 0800 28 28 197. A família de Lavínia pede para quem tiver informações da garota ligar nos seguintes números: (31) 9102-6201 e (31) 2538-2089.