Barragem

Moradores de Congonhas se mobilizam para secar barragem da CSN

Em 2017, a empresa chegou a fazer obras de reparo para conter um vazamento no dique de sela

Por Queila Ariadne
Publicado em 30 de janeiro de 2019 | 15:32
 
 
 
normal

Os moradores dos bairros próximos à barragem da mina Casa de Pedra, em Congonhas, estão se mobilizando para pressionar a CSN a secar a barragem de rejeitos.

Com capacidade para 76 milhões de metros cúbicos, a estrutura há tempos já é motivo de preocupação para quem mora na cidade. Em 2017, a empresa chegou a fazer obras de reparo para conter um vazamento no dique de sela.

Na tarde desta quarta-feira, eles aguardaram um representante da mineradora na sede da associação, no bairro Residencial. Como ninguém apareceu, eles seguem para  a porta da mineradora.

"Vamos entregar nossa proposta pessoalmente. São três pontos: o principal é secar a barragem, o segundo é desocupar os região diretamente afetada, onde vivem cerca de 1.500 pessoas, o terceiro ponto é discutir uma indenização para famílias que há anos convivem com os transtornos", afirma o presidente da Associação de Moradores do Residencial, Warley Ferreira.

Para a balconista Michelle Salgado, 34, já passou da hora de uma solução definitiva. "A gente vive com medo. Qualquer barulho a gente já olha pensando que a barragem vai romper. Ultimamente temos até ouvido rumores de vazamento. A solução é secar a barragem", destaca Michelle.

Na noite de terça-feira, lideranças de moradores e políticas se reuniram para debater os riscos da barragem da CSN e decidiram propor o encerramento da estrutura da forma como é.

Na tarde desta quarta-feira, eles foram à porta da CSN exigindo que alguém os atenda. Um representante da empresa apareceu e sugeriu que uma comissão fosse formada com seis pessoas para entrar na sede. Os moradores se recusaram e exigiram que os representantes assinassem protocolo de recebimento da proposta diante de todos os presentes, do lado de fora.

"O povo é passivo, mas cansa de esperar. A Gerência sequer vem aqui fora pra conversar com a gente", disse um dos organizadores do ato, Cristiano Medina, integrante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!