LUTO

Morre aos 77 anos José Góes, o fotógrafo oficial de JK

Nos últimos anos de vida ele se dedicou a confraria São Gonçalo, no Santa Tereza, que tem as paredes forradas com imagens tiradas por ele ao longo da carreira

Por JULIANA BAETA
Publicado em 05 de janeiro de 2015 | 13:46
 
 
 
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Está sendo velado o corpo do fotógrafo José Góes, entusiasta do bairro Santa Tereza e importante personagem da história da fotografia de Belo Horizonte, nesta segunda-feira (5). Ele morreu vítima de um AVC aos 77 anos na última noite e deixa um legado de imagens e histórias sobre a cidade.

Além de ter ficado conhecido como o fotógrafo oficial do Palácio da Liberdade na época da ditadura, ele também fotografou a rotina do ex-presidente Juscelino Kubitschek, e mantinha um acervo com fotos históricas tiradas ao longo de sua carreira.

Em seus últimos anos, o fotógrafo ajudou a fundar a confraria São Gonçalo, no Santa Tereza, onde se reunia frequentemente com amigos e vizinhos. As paredes do local eram forradas de imagens feita por eles, da própria confraria, mas também de episódios que marcaram a sua carreira, como fotos do próprio JK, Tancredo Neves e o papa João Paulo II.

Em certa ocasião, na confraria, ele disse: “JK iria adorar este lugar, é a cara dele. Boa música, boa conversa e boa comida”. Aliás, outra habilidade de Góes era a famosa galinhada, que ele costumava preparar para os amigos na confraria.

A filha de Góes lamenta a morte do pai, e lembra que ele "realmente foi um personagem muito importante para Minas Gerais e que vai deixar saudades". A família prefere não falar sobre o assunto no momento, por estar muito abalada com a perda do ente querido. 

O corpo do fotógrafo será cremado às 17h no Parque da Colina. 

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