O exame de balística da investigação que apura a morte do cruzeirense Lucas Elias Vieira, no dia 2 de março, teria tido um resultado inconclusivo. A informação foi repassada pela defesa de um dos suspeito — encabeçada pelo advogado Rodrigo Mendes. O homem prestou novo depoimento na delegacia nesta terça-feira (2).
"Foi inconclusivo (o exame). Ele não consegue afirmar se o projétil utilizado (no crime) bate com a arma apreendida. É o que aponta o exame de balística até agora", garante. Também conforme Rodrigo, a arma usada no crime não foi apreendida com o suspeito. O defensor reforça que o cliente não tem relação com o delito.
"A arma não foi aprendida com ele. Supostamente foi apreendida com outro investigado. Meu cliente não estava na cena do crime e não é identificado por nenhuma testemunha como alguém que estava na cena do crime", argumenta.
Segundo Rodrigo Mendes, a orientação para o cliente é apenas 'falar a verdade', pois, de acordo com a defesa, o homem não tem nada a esconder. "Ele vai responder a todas as perguntas perante a autoridade policial", garante.
Também, de acordo com Rodrigo, a defesa deve pedir a revogação da prisão preventiva do homem. "Ele é uma pessoa de bem. Nunca teve nenhum antecedente criminal. Mantê-lo em cárcere é uma medida totalmente desproporcional", confirma.
Novo depoimento
O depoimento desta terça-feira (2) é o segundo que o suspeito presta à Polícia Civil. Os primeiros esclarecimentos teriam sido prestados ainda no dia da morte do torcedor, na Central de Flagrantes. Mas de acordo com Rodrigo Mendes, o próprio delegado do caso solicitou uma nova oitiva.
"O primeiro depoimento foi muito confuso. Geralmente, a Polícia Civil não escuta uma pessoa duas vezes. Se o delegado esta querendo escutá-lo novamente, é porque restam dúvidas sobre a autoria dele", opina.