A morte de uma travesti de 30 anos que desapareceu após viajar em um ônibus de João Pessoa, na Paraíba, para Belo Horizonte, em Minas Gerais, tornou-se alvo de uma investigação da Polícia Civil em Esmeraldas, na região metropolitana da capital. O corpo da vítima foi encontrado no município e deu entrada no Instituto Médico Legal André Roquette (IMLAR), de BH, em 16 de maio sem indícios que ajudassem a identificá-la. Ainda não há informações sobre as condições nas quais o corpo foi achado em Esmeraldas, mas, nesta sexta-feira (25) foi confirmada a identidade. 

De acordo com a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), são poucas as informações sobre a travesti reveladas até então. Sabe-se que ela desapareceu em 3 de maio, quando embarcou em um ônibus em João Pessoa. Segundo a ocorrência registrada à época na Paraíba, a vítima desapareceu por volta de 12h. Ela pretendia se encontrar com uma amiga no município de Pompéu, em Minas. A Divisão de Referência da Pessoa Desaparecida (DRPD) de BH foi acionada apenas na última semana pela Defensoria Pública da Paraíba. 

Segundo constatou a polícia mineira, imagens captadas pelo circuito interno de câmeras do Terminal Rodoviário de Belo Horizonte atestam que travesti chegou a desembarcar na capital. Depois das informações fornecidas pelo órgão paraibano, investigadores conseguiram identificar que um corpo, que deu entrada no IML em 16 de maio, possuía características semelhantes às da travesti – ela vestia, aliás, as mesmas roupas usadas quando deixou João Pessoa. A identidade foi confirmada em menos de 36 horas mediante exame pericial, segundo revelou a PCMG nesta sexta-feira (25). 

As circunstâncias da morte são investigadas em inquérito conduzido pela delegacia de Polícia Civil de Esmeraldas, onde o corpo foi encontrado.