Motorista que atropelou e matou cruzeirense é preso no Santa Amélia

O homem suspeito de atropelar e matar um adolescente no entorno do Mineirão na noite dessa quarta-feira (9), será autuado por homicídio culposo e omissão de socorro. André Luis Souza Luz, de 31 anos, confessou ter atropelado o torcedor, de 14 anos.

Ele foi abordado no bairro Santa Amélia, na região da Pampulha, por policiais que faziam patrulhamento de rotina. Enquanto conversava com os policiais, o suspeito disse que tinha atropelado uma capivara na noite anterior, próximo à Lagoa da Pampulha. Os militares fizeram mais perguntas sobre o atropelamento, Luz acabou confessando que havia atropelado uma pessoa e que não prestou socorro por medo de ser linchado por torcedores que viram o acidente. 

Entenda o caso

Marcello Ferreira Guerra da Cunha morreu após ser atingido por um Marea quando seguia para o Mineirão com mais dois amigos para assistir o jogo entre Cruzeiro e Real Garcilaso, na noite dessa quarta-feira (9).

Segundo testemunhas, o motorista estava em alta velocidade e avançou o sinal vermelho. Com o impacto da batida, a vítima foi arremessada por cerca de dez metros.

Após atropelamento, o condutor do veículo fugiu sem prestar socorro ao adolescente. 

Família indignada

A família de Cunha ficou sabendo da morte por meio dos dois amigos da vítima que também estavam a caminho do jogo.

"Foi um choque, minha mãe perdeu o filho um dia antes de completar 48 anos", disse a irmã da vítima, Telma Moreira Guerra Cunha.

Após o atropelamento, familiares do adolescente pedem justiça.

"Queremos que o motorista pague pelo que fez. Ele não é humano. Fez isso com meu irmão e pode fazer com qualquer outra pessoa", desabafou Telma.

O sepultamento do estudante acontece às 16h no Cemitério Belo Vale, em Santa Luzia, na região metropolitana da capital.

Sócio Torcedor

Apaixonado pelo Cruzeiro, Cunha constantemente ia aos jogos do time com os amigos e, segundo a irmã, era sócio torcedor. Em sua página no Facebook, ele postava várias fotos em que acompanhava a trajetória da equipe. Além disso, Cunha era atleta e jogava em uma escolinha de futebol de Ribeirão das Neves, na região metropolitana da capital, onde morava com a família.

Atualizada às 15h58