O movimento “Fora Kalil” fez uma carreata, com 80 carros, neste sábado (23), pela região Centro-Sul de Belo Horizonte. Com palavras de ordem contra o prefeito de Belo Horizonte e contra o Supremo Tribunal Federal (STF), o grupo diz que o protesto é por causa da insatisfação com a gestão do prefeito Alexandre Kalil. Eles reclamam de falta de sensibilidade do gestor com quem precisa trabalhar em meio a pandemia pelo novo coronavírus (Covid-19).

O advogado Mariel Marra, um dos líderes do movimento, conta que o grupo se reuniu na praça do Papa, no bairro Mangabeiras, por volta de 10h e que o fim do movimento deve ser na porta da casa do prefeito, na rua Marília de Dirceu.  A ação passará pelas avenidas: Agulhas Negras, Afonso Pena, rua dos Caetés, rua São Paulo, avenida Getúlio Vargas, avenida do Contorno e rua Marília de Dirceu.

“Desemprego mata! Portanto, entendemos que não existe duelo entre saúde pública e economia privada. A questão atual diz respeito principalmente à sobrevivência garantida pelo trabalho e pleno emprego. Quer argumentos científicos para reabertura do comércio, juntamente com medidas de prevenção? Ser humano não faz fotossíntese! Ou seja, a grande maioria precisa trabalhar para ter o que comer em casa e, até mesmo, ter uma casa pra morar”, argumenta.

Nesta sexta-feira (22), Kalil anunciou a reabertura de parte do comércio de Belo Horizonte, na próxima segunda-feira (25). CLIQUE AQUI e veja o que poderá ser reaberto.

"É melhor a reabertura parcial do que nenhuma, mas questionamos quais são os critérios do Kalil para definir quais estabelecimentos entram em cada fase. Certamente não é o critério de circulação de pessoas, porque tem setores e estabelecimentos que circulam bem menos pessoas do que outros e não serão reabertos agora. Então qual é o critério? Lobby político? Será que serão reabertos primeiros somente aqueles que tem influência na prefeitura enquanto outros que não tem a mesma influência serão preteridos? Não pode ser assim. Já foi o tempo que os 'amigos do rei' eram aqueles que tinham mais privilégios", reclamou Marra. 

Em coletiva nesta sexta, a prefeitura explicou que a escolha dos primeiros locais a retomarem as atividades presenciais foi baseada na velocidade de transmissão do vírus, que hoje em Belo Horizonte está em 1,09 (em 1,2 a gravidade aumenta, e a flexibilização é revogada), e na taxa de ocupação dos leitos Covid-19 de terapia intensiva, que está em 40%, e de enfermaria, cujo índice hoje é de 34%. Indicadores acessórios, como uso de máscaras e taxa de isolamento social, são considerados.