Uma organização criminosa formada por policiais civis e militares, além de despachantes, comerciantes e donos de pátios de veículos apreendidos foi desarticulada pela operação Cataclisma.

A ação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que durou três anos contou com apoio da Polícia Civil. 

Ao todo, 13 pessoas foram presas preventivamente suspeitas de cobrarem e receberem propinas para a liberação e transferência de veículos, além de desvio de peças e equipamentos de veículos aprendidos, participação nos lucros dos pátios, inserção de dados falsos no sistema do Detran, lavagem de dinheiro e obstrução de investigação.

Outros 46 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Belo Horizonte, Caeté, Lagoa Santa, Sabará, Santa Luzia, Taquaraçu de Minas e em Vespasiano.

Sete servidores da Peefeitura de Santa Luzia, que estão sendo investigados por envolvimento no esquema, foram afastados dos cargos.

A justiça determinou o bloqueio de R$16.851.552,84 dos investigados.

Os policiais civis presos foram encaminhados à Casa de Custódia do Policial Civil.

Na Cidade Administrativa ninguém comenta o envolvimento de policiais civis e militantes nas investigações do Ministério Público na operação Cataclisma. 

Segundo a assessoria de imprensa do governo de Minas,  a Secretaria de Segurança Pública não tem participação na operação e informou que as polícias Civil e Militar vão se manifestar sobre envolvimento de seus servidores nas investigações.

A assessoria de imprensa da Polícia Civil disse que somente irá se manifestar por meio de nota.

Já o chefe da sala de imprensa da Polícia Militar, major Flávio Santiago, informou que a PM contribui com o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), órgão do Ministério Público, e disse que a corporação  acredita no modelo de combate ao crime organizado do Ministério Público, como forma de melhorar, cada vez mais as instituições públicas.