Comércio não essencial

'Não é o momento', diz secretário de Planejamento de BH sobre flexibilização

Para André Reis, eventual flexibilização poderia fazer com que parte da população afrouxasse as medidas de prevenção justamente no período em que a Covid-19 avança significativamente em BH

Por Da redação
Publicado em 15 de julho de 2020 | 17:31
 
 
 
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A Prefeitura de Belo Horizonte descartou nesta quarta-feira reabrir o comércio não essencial a partir da próxima semana. A decisão foi tomada após uma reunião de duas horas com representantes de lojistas e empresários do setor. 

De acordo com o secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão, André Reis, a aceleração da pandemia do novo coronavírus no mês de julho na capital inviabiliza medidas de flexibilização. "Não é o momento promovermos uma flexibilização. Temos que acompanhar o número de casos descendo ou estabilizando para podermos ter uma conversa nesse sentido. Isso foi muito bem compreendido (pelas entidades), dado à seriedade do momento que estamos passando no mês de julho", explicou o secretário. 
Na avaliação de André Reis, uma eventual flexibilização do comércio neste momento poderia fazer com que parte da população afrouxasse as medidas de prevenção justamente no período em que a Covid-19 avança significativamente em BH.

"O movimento do poder público falando em flexibilizar é uma sinalização para a sociedade como um todo de que as coisas estão melhorando. Então, naturalmente, e isso é só uma hipótese, relaxam sob todos os sentidos, não só por questão de circulação mas também pela questão dos hábitos normais, os cuidados tomados no dia a dia, da visita aos amigos, visitas aos parentes", afirmou.

Ainda segundo André, o funcionamento do comércio faz com que mais pessoas estejam nas ruas, aumentando a possibilidade de contágio.  "No caso de uma pandemia não temos condições de delimitar com clareza em qual setor especificamente o problema se encontra. Não tem como excluir o comércio e dizer que o comércio não tem nada a ver com a progressão da pandemia, tendo em vista que necessariamente mais gente vai para a rua, mais gente utiliza o transporte p[ublico. Você tem os clientes e os trabalhadores do setor".

Explosão de casos e mortes

Apenas nos primeiros 14 dias de julho, Belo Horizonte registrou mais casos e mortes pelo novo coronavírus do que em todo o período anterior da pandemia - de 16 de março a 30 de junho. 

Entre o primeiro dia deste mês e essa terça-feira (14), haviam sido confirmadas 6.208 infecções na capital mineira e 152 óbitos. Entre a data do primeiro caso confirmado e o último dia 30 de junho, BH somou 5.915 casos da doença e 136 mortes.

 

Assista à coletiva da Prefeitura de Belo Horizonte:

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