Regressão

Noroeste de MG regride no Minas Consciente e só poderá abrir serviços essenciais

Apenas 16 cidades da região aderiram ao plano elaborado pelo governo, e região não apresenta dados adequados para permanecer na Onda Branca

Por Daniele Franco
Publicado em 30 de julho de 2020 | 14:01
 
 
 
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A partir deste sábado (1º), cidades da região Noroeste de Minas Gerais deverão fechar o comércio não essencial por determinação do governo do Estado, que entendeu que os locais não têm indicadores da pandemia adequados para permanecerem na Onda Branca, primeira fase de flexibilização determinada pelo Minas Consciente. O anúncio foi feito pelo secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (30).

Na divisão do governo, cidades como Patos de Minas, Presidente Olegário e Vazante estão entre as que precisarão regredir pelo plano. Segundo os dados do governo, 16 municípios da região aderiram formalmente ao plano. Por decisão judicial, cidades que não aderirem ao Minas Consciente deverão se pautar pela Deliberação 17, publicada em março, e manter abertos somente serviços essenciais.

A região Noroeste tem 93 leitos de UTI, dos quais 59,75% estão ocupados, conforme a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). Entre os 532 leitos de enfermaria, a ocupação é de 54,67%.

Avanço

Ao contrário da região Noroeste, outras regiões de Minas tiveram progrediram no Minas Consciente. Triângulo do Norte e Oeste avançaram para a Onda Branca, enquanto a Centro-Sul foi para a Onda Amarela.

A decisão deve ser a última seguindo as determinações desta versão do plano. Uma nova versão, com menos ondas e mais variações por regiões e municípios, foi apresentada nessa quarta-feira e deve começar a valer a partir de 6 de agosto.

Atualmente, 316 municípios já aderiram ao programa, e, segundo Passalio, o número aumenta diariamente em grandes proporções.

Confira os detalhes do novo Minas Consciente:

Onda Vermelha: apenas serviços essenciais (sendo bares e restaurantes com delivery e retirada);

Onda Amarela: reúne todas as atividades que antes estavam nas antigas ondas branca, amarela e vermelha (autoescolas, lojas de artigos esportivos e floriculturas, hotéis, papelarias, lojas de roupa, salões de beleza e lojas de departamento, lojas de joias e bijuterias, informática, design e decoração); além, claro, de bares e restaurantes;

Onda Verde: inclui as atividades que, até agora, não tinham previsão de retorno (como academias).

Cidades pequenas

Ainda de acordo com o secretário, foi feito um recorte especial para as cidades que têm até 30 mil habitantes. Agora, entre outros critérios, aquelas que apresentarem indicadores relativamente positivos com relação à doença, poderão avançar mais fases.

“Esses municípios de até 30 mil habitantes terão a oportunidade de ir para a segunda onda (Amarela), desde que sua taxa de incidência não esteja superior a 50 casos para cada 100 habitantes nos últimos 14 dias”, explicou.

Os outros critérios para um tratamento diferenciado são: não possuir sistema de transporte coletivo relevante; rotinas e costumes diferentes dos das cidades maiores; e densidade demográfica baixa.

Regiões

Atualmente, no âmbito do combate à Covid-19, o governo estadual leva em conta a localização das cidades conforme 14 macrorregiões (Triângulo do Norte, Vale do Aço, Leste, Nordeste, Sudeste, Central, Centro-Sul, Sul, Vale do Jequitinhonha, Oeste, Noroeste, Leste do Sul, Norte, Triângulo do Sul), Agora, eles serão divididos em 62 microrregiões.

A justificativa é que algumas regiões não têm capacidade assistencial isolada e, portanto, dependem de outras para atender a população.

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