A identificação de nova variante do coronavírus em Minas Gerais "é muito preocupante", segundo o governador do Estado, Romeu Zema (Novo). Segundo o chefe do Executivo, isso torna ainda mais relevante a manutenção das medidas de isolamento social e a aceleração do processo de vacinação.

Estudo feito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em parceria com a UFRJ e com o grupo Hermes Pardini identificou a nova cepa e dezoito mutações da mesma em Belo Horizonte. "Indica que o processo de vacinação precisa ser agilizado ao seu limite para evitar que o Brasil seja o celeiro de mutações", afirmou Romeu Zema.

O secretário de Saúde de Minas Gerais, Fábio Bacheretti, se reuniu com os autores do estudo na noite dessa quarta-feira para entender os impactos da nova variante, e ressalta que ainda pairam dúvidas sobre a variante. "Não sabemos se é mais infectante, nem mais letal, mas toda mutação significa uma dificuldade adicional. Isso está sujeito a acontecer em qualquer lugar e indica que o processo de vacinação precisa ser agilizado. Só assim vamos garantir que o Brasil não seja esse celeiro de mutações”, disse.

Outro dado do estudo mostrou-se ainda mais relevante para a equipe envolvida no combate à pandemia em Minas Gerais. Bacheretti ressalta que a presença majoritária da cepa P1, a variante que surgiu em Manaus, em Minas Gerais é preocupante. Isso porque já é possível dizer que essa variante é mais infecciosa que a anterior, o que aumenta os impactos sobre o sistema de saúde e, por consequência, pode ser causar mais mortes.

O secretário ressaltou que o estudo aponta para baixos registros da cepa primária do coronavírus.

Sobre a eficácia da vacinação para as novas variantes do coronavírus, Bacheretti explicou que as vacinas existentes atualmente funcionam para as novas cepas. “Já saíram vários estudos confirmando que a nova cepa P1, a de Manaus, que é a mais prevalente no estado, tem uma boa resposta em relação à Coronavac, a vacina mais aplicada aqui. Também já temos estudos sobre a AstraZeneca que estão confirmando a eficácia, o que nos deixa tranquilos”, explicou o médico.