Coronavírus

Ocupação de leitos de UTI para Covid-19 cai em BH e retorna a nível amarelo

Indicador apontou nível de alerta vermelho no domingo (7), mas na segunda-feira (8) índice caiu e permanece desde então na zona amarela; entenda o que significa

Por Lara Alves
Publicado em 10 de junho de 2020 | 13:04
 
 
 
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Após atingir pela primeira vez o nível de alerta vermelho da ocupação dos leitos de UTI destinados a pacientes com Covid-19 ou suspeita, Belo Horizonte retornou a um patamar mais confortável de acordo com o balanço mais recente publicado na noite de segunda-feira (8). Enquanto no domingo (7) a taxa de ocupação alcançou cerca de 72%, um dia depois ela retornou para 68%, o que significa que alguns dos leitos ocupados tornaram-se novamente disponíveis à população.

A capital mineira dispõe hoje de 220 leitos de UTI separados para atender apenas infectados ou pacientes com suspeita de coronavírus. Além destes leitos específicos, a cidade é capaz ainda de abrigar 666 pessoas em suas enfermarias públicas – até o momento, pouco mais da metade delas está ocupada.

A taxa de ocupação dos leitos é um dos indicadores analisados semanalmente pelo Comitê de Enfrentamento à Covid-19 em Belo Horizonte para determinar como acontecerá o processo de reabertura do comércio e retomada das atividades econômicas paralisadas em março em função da pandemia. A primeira etapa da reabertura começou em 25 de maio, enquanto a segunda precisou ser adiada e começou apenas nessa segunda-feira (8) após uma análise aprofundada desse indicador atrelado à taxa de transmissão constatada na cidade.

Nesta quarta-feira (10), cerca de 753 mil trabalhadores de Belo Horizonte já estão nas ruas, segundo dados da prefeitura. Na próxima sexta-feira (12), a PBH comenta se a cidade reabrirá mais estabelecimentos ou se permanecerá estacionada na atual etapa. Salões de beleza e lojas de sapato, por exemplo, já estão autorizados a retomar o funcionamento normal. Em contrapartida, os shoppings continuam fechados.

A capital mineira tem constatado nas últimas semanas um aumento nos indicadores referentes à pandemia. No primeiro dia de junho, por exemplo, a taxa de ocupação dos leitos de UTI era 60% e seis dias depois cresceu em 12 pontos percentuais. Apesar de ter sido constatada uma queda entre domingo e segunda-feira, o índice continua elevado, oito pontos percentuais a mais que no começo do mês.

Através de um site criado para informar a população sobre a situação da pandemia, a PBH esclarece que o nível amarelo se dá quando a ocupação dos leitos está entre 50% e 69%, abaixo disso o nível é considerado verde e significa que a expansão da doença no município não é preocupante. Acima de 70%, como no domingo, considera-se alerta vermelho e neste ponto é necessário repensar a retomada econômica.

Entenda a taxa de transmissão

Além de olhar para a situação dos leitos de enfermaria e UTI destinados a tratamento de pacientes com coronavírus, a Prefeitura de Belo Horizonte também se debruça sobre a taxa de transmissão para decretar a retomada ou, por exemplo, um lockdown. O número médio de transmissão serve para indicar se a pandemia está em expansão ou não.

Somados os três indicadores, dá-se o nível de alerta geral: amarelo quando a situação é tranquila mas demanda atenção, vermelho denota necessidade de paralisação da reabertura ou mesmo regressão, e verde aponta evolução da retomada econômica. Os dados são atualizados semanalmente no portal do município e podem ser acessados por qualquer cidadão.

Número de casos em BH

Belo Horizonte concentra 2.770 casos confirmados de coronavírus, segundo balanço da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) publicado nesta quarta-feira (10). A cidade tem ainda o maior número de mortes para a doença de Minas Gerais, uma vez que 62 de seus moradores perderam a vida após serem infectados. Uma semana atrás, a cidade contabilizava 792 casos a menos, o que significa que a cada dia BH confirmou uma média de 113 casos novos.

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