O secretário de Saúde de Belo Horizonte, Jackson Machado, afirmou que a nova fase da flexibilização do isolamento social na capital vai reativar 92% dos empregos na cidade. Ao todo, são pelo menos 815 mil pessoas que já retomaram os postos de trabalho. Em entrevista concedida nesta sexta-feira (5) na sede da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), prática que se tornou semanal para informar sobre as novas medidas de combate ao coronavírus (Covid-19), o secretário fez toda a explicação para se chegar a esse ponto.
“Trabalhamos sempre no sentido de evitar que a curva de casos ultrapasse a curva de oferta de serviços de saúde. É mais uma ideia de manter o mesmo princípio, sempre pensando no menor impacto que a circulação de pessoas vai trazer para a cidade. Mas sabemos que com essa onda que vai começar agora (segunda-feira, 8) 92% dos empregos de Belo Horizonte estarão ativos a partir dessa fase”, garantiu.
Apesar da boa notícia, Machado fez coro com o prefeito Alexandre Kalil (PSD) ao chamar de idiotas e suicidas belo-horizontinos que seguem menosprezando o poder da Covid-19 em situações cotidianas.
“Temos visto as pessoas andando na rua, alguns fazendo atividades físicas, a Guarda Municipal tem nos relatado com frequência, sem máscara. A gente fica pensando como que uma pessoa que está ali cuidando da saúde para resguardar o coração, controlar a pressão, a glicemia, ao mesmo tempo não cuidando da sua vida ao fazer atividade sem máscara?! É um comportamento que eu fico em dúvida se é suicida ou como disse o prefeito (Kalil), um comportamento idiota”, completou.
Nessa linha, Machado voltou a reforçar que apesar dessa flexibilização com a abertura de comércios, é fundamental que as pessoas continuem com os cuidados básicos repetidos desde o início da pandemia.
“É importante que as pessoas continuem sem sair a não ser para o essencial, que usem máscaras, higienizem as mãos com sabão, álcool em gel. Esses cuidados devem ser incorporados em nossa vida, provavelmente vamos passar alguns anos tomando essas precauções. Estamos entrando em um novo paradigma de vida, aquilo que a gente experimentou antes provavelmente não vai voltar, a menos que apareça uma vacina de muita eficácia e que seja facilmente disponível para todos. Existem muitas em estudo, mas não sabemos qual será o potencial de proteção dessas vacinas”, completou.