Nesta terça

Operação em MG e mais dois Estados combate a fabricação irregular de cigarro

Mais de 200 agentes da Polícia Federal e da Receita Federal atuam na operação

Por O Tempo
Publicado em 14 de novembro de 2023 | 06:51
 
 
 
normal

A Receita Federal e a Polícia Federal cumprem, nesta terça-feira (14 de novembro), a operação “Illusio”. A ação, que tem a cooperação do Ministério do Trabalho, visa desarticular organização criminosa especializada em fabricar cigarros irregularmente.

Segundo a Receita e a PF, a organização criminosa atua na falsificação e contrabando de cigarros de marcas paraguaias, descaminho de maquinário utilizado na fabricação de cigarros, tráfico de pessoas, trabalho escravo, falsificação e uso de documentos falsos, crime contra as relações de consumo, crime contra os registros de marcas e lavagem de dinheiro.

São cumpridos 35 mandados de busca e apreensão, 11 mandados de prisão preventiva e 13 de prisão temporária. Além desses mandados, foram bloqueados os bens de 38 pessoas físicas e 28 pessoas jurídicas. O valor total bloqueado é de R$ 20 milhões.

Em Minas Gerais, os mandados são cumpridos em Belo Horizonte, Divinópolis, Itaúna, Nova Lima, Nova Serrana, Pará de Minas, Pitangui e São Gonçalo do Pará. A ação também cumpre mandados em Manaus, no Amazonas, Nova Ipixuna, no Pará, além das cidades paulistas de Barueri, Carapicuíba, Indaiatuba, Osasco, Santana de Parnaíba, São Caetano do Sul, São Paulo e Taiuva.

A partir de investigação realizada pela Polícia Federal e acompanhamento do esquema criminoso pela Receita Federal, foi possível identificar toda a cadeia de produção dos cigarros clandestinos na região de Divinópolis.

Segundo a investigação, a quadrilha cooptava trabalhadores no Paraguai, os quais eram trazidos para fábricas clandestinas no Brasil, na região de Divinópolis, onde eram submetidos a condições de trabalho análogas à escravidão, com a liberdade tolhida, permanecendo reclusos, sob vigília, e incomunicáveis, por vários meses, no interior dos estabelecimentos. Esses trabalhadores tinham, ainda, seus telefones confiscados e eram impedidos de ter qualquer acesso ou contato com o mundo exterior. Eles sequer sabiam o local em que se encontravam, pois eram conduzidos até as fábricas com olhos vendados.

A distribuição dos cigarros falsos era feita em caminhões com a ocultação destes produtos atrás de cargas de calçados produzidos na região de Nova Serrana. 

O nome da operação se refere à ilusão, uma vez que os cigarros falsificados eram vendidos ao consumidor final como se fossem cigarros contrabandeados, ou seja, produzidos no Paraguai.

Os presos responderão por um ou mais dos seguintes crimes: organização criminosa, com pena máxima de 8 anos; contrabando de cigarros, com 5 anos de pena máxima; descaminho de maquinário, pena de 4 anos; tráfico de drogas, com pena de 8 anos; trabalho escravo, também 8 anos; falsificação e uso de documento particular falso, com 5 anos de pena máxima; crimes contra as relações de consumo, também com 5 anos, além de 10 anos pela lavagem de dinheiro.

 

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!