Uma operação de combate à receptação e venda de aparelhos e peças de celulares oriundos de crimes como furto e roubo é realizada por agentes da Polícia Militar, Ministério Público, Polícia Civil e Receita Federal.

De acordo com a PM, 337 militares cumprem mandados de busca e apreensão em um shopping popular do Centro de Belo Horizonte desde o começo da manhã desta segunda-feira (5). 

Além de celulares, diversos produtos sem comprovação de procedência foram apreendidos pela Polícia Militar e encaminhados à 6° companhia, na rua Carijós.

No interior do shopping popular, a maior parte dos logistas preferiu o silêncio. O dono de um box de cintos, que não quis gravar entrevista, afirmou que as operações no local são constantes. "Vira e mexe é isso aí. Pra nossa segurança é bom. Dá uma limpada. A polícia sempre vem tranquila, pelo que vejo", disse o comerciante.

A proprietária de uma loja de acessórios para equipamentos de som, que também preferiu o anonimato, revelou que o clima durante as operações é de medo. "Não tenho nada a ver com isso, mas fico na minha. Eles tiram as coisas daqui de dentro, mas o problema é o povo que tá la fora. Tira e eles trazem mais", comentou a vendedora.

Embora, conforme a PM, nenhum tipo de atrito tenha sido registrado durante a ação dos agentes, o clima no interior do estabelecimento era tenso. Muitos comerciantes baixaram as portas e não falaram com a imprensa.

A operação, ainda segundo a Polícia Militar, será encerrada no fim da tarde  desta segunda-feira (5). Os detalhes sobre quantidade de materiais apreendidos e presos durante a ação serão repassados pela corporação até o fim do dia. 

Nota do shopping:

A administração informa que os lojistas estão com contratos de locação em dia, sendo de responsabilidade dos mesmos as mercadorias comercializadas. A fiscalização dos produtos só pode ser realizada pela polícia. O shopping apoia e colabora com as operações e se compromete a tomar medidas cabíveis caso seja comprovada qualquer atividade ilícita em suas dependências.