Depois de seis horas de trabalho, o Corpo de Bombeiros, resgatou, na tarde desta quarta-feira (5), o corpo do funcionário de uma obra que morreu soterrado na rua Piaui, no bairro Funcionários, região Centro-Sul de Belo Horizonte.
A vítima, de 37 anos, ficou soterrada em três metros de profundidade após um deslizamento de terra. A falta de um equipamento de proteção individual (EPI) pode ter provocado o soterramento do funcionário que cavava um tubulão.
Segundo o agente da Defesa Civil, Marcos Vinicios Vitório, uma espécie de tela que impediria que a terra cedesse durante a escavação não era utilizada no tubulão em que o homem trabalhava.
Para encontrar o trabalhador, os bombeiros fizeram uma escavação e utilizam a técnica de rapel para tentar chegar até ele.
Dezessete bombeiros em quatro viaturas trabalharam na retirada de terra para tentar chegar até a vítima. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também faz um apoio no local.
A Defesa Civil interditou a obra e notificou os responsáveis a elaborar e apresentar laudo de estabilidade e plano de ação para continuidade da obra. As causas do acidente serão definidas pela perícia da Polícia Civil.
Funcionários precisaram ser contidos pela PM
Após o deslizamento de terra e soterramento do funcionário, os outros operários que trabalhavam no local queriam ajudar os bombeiros no resgate. Por causa disso, a Polícia Militar foi acionada para o local para dar apoio nas buscas.
Construtora Terrazzas
Em nota, a Construtora Terrazzas lamentou o ocorrido. Confira o comunicado na íntegra.
Em relação a informações divulgadas sobre acidente ocorrido ontem (5 de dezembro) em uma obra no bairro Funcionários, a construtora esclarece o seguinte:
- todos os equipamentos de proteção, individuais e coletivos, estavam sendo utilizados pelos trabalhadores que atuavam na escavação —seguindo as normas regulamentadoras NR6, NR18 e NR33—, conforme foi atestado pelas autoridades competentes presentes no local;
- não houve tráfego de máquina pesada perto do local do acidente, o que foi confirmado pelos profissionais responsáveis e demais trabalhadores presentes na obra;
- diferentemente do que foi veiculado, não era exigida a utilização do “encamisamento” durante a escavação, conforme projetos, relatórios técnicos e laudo de estabilidade do solo.
Portanto, o que houve foi uma fatalidade, pois, infelizmente, o risco é inerente à atividade da construção. No entanto, a construtora ressalta que mantém rigorosa política de segurança e bem-estar de todos os colaboradores, diretos ou indiretos. Ao longo dos últimos 15 anos, consolidou-se como uma das referências em segurança do trabalho no setor da Construção Civil, a partir de um rigoroso controle da utilização correta de todos os equipamentos de proteção e adoção de práticas e iniciativas inovadoras. Em relação ao acidente, a equipe técnica da empresa está prestando todas as informações às autoridades competentes para a rápida apuração do caso.
A empresa informa que lamenta profundamente o acidente que, infelizmente, vitimou o profissional Cleiton Pereira da Silva, contratado de uma prestadora de serviços. Afirma também que mantém seu compromisso de prestar amparo necessário à família da vítima neste momento tão difícil. A empresa está em luto e agradece as manifestações de solidariedade que está recebendo.
Construtora Terrazzas