Manifesto

Pais e alunos protestam por reabertura de escolas em Belo Horizonte

​O ato, que ocorreu pela manhã, encheu a Praça da Assembleia de cadeiras vazias, placas e palavras de ordem

Por Alice Brito
Publicado em 15 de maio de 2021 | 11:09
 
 
 
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Pais de alunos protestam neste sábado (15) contra o fechamento de escolas em Belo Horizonte mantido pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD).

O ato, que ocorreu pela manhã, encheu a Praça da Assembleia, no bairro Santo Agostinho, região Centro-Sul da capital, de cadeiras vazias, placas e palavras de ordem.

Estavam presentes responsáveis por crianças e adolescentes que estudam nas redes municipal, estadual e particular. Eles se organizaram pela internet em prol da realização do movimento, que pede a retomada das aulas presenciais.  

Pais de alunos e estudantes colocaram cadeiras para simbolizar as salas vazias e os danos da falta de acesso ao ensino presencial.

Em meio às mesas, foram afixadas faixas com dizeres que valorizam a educação. "A luta é contra a Covid e não contra nossas crianças e adolescentes", dizia uma delas. 

O estudante da rede privada Marcelo Sales Lima, de 8 anos, estava ansioso para participar do movimento com a família. Ele mesmo confeccionou uma faixa que dizia " Kalil devolve a minha escola." Para o menino, o importante é que o chefe do Executivo atenda o pedido. 

"Fiz essa faixa pro Kalil porque ele é o único que pode reabrir as escolas. Estou cansado de estudar pela internet, quero ver meus amigos e professores, estou com saudades", desabafou o jovem estudante.

Natalie Rodrigues, de 57 anos, é consultora de marketing, tem uma filha de 15 anos, que estuda na rede particular na capital e é uma das organizadoras do protesto. A mãe argumenta que o movimento valoriza a educação e o convívio dos alunos.  

"Minha filha tem aulas remotas que funcionam, mas acredito que mais do que aprender português ou matemática, as crianças precisam do convívio escolar, uma vivência presencial, que é uma parte muito importante da educação.", descreve. 

A professora aposentada Maria Sther, de 72 anos, tem duas netas adolescentes que estudam na rede pública de ensino. Ela diz que saiu de casa para apoiar o movimento porque percebe que as netas estão perdendo qualidade na educação, o que vai refletir no futuro.

"Minhas netas estão perdendo no quesito qualidade de ensino, a educação à distância é falha na rede pública", comentou. 

Conforme a idosa, há possibilidade de medidas sanitárias serem impostas nas escolas.

"Já deu tempo de construir um protocolo para as escolas voltarem a funcionar. Não podemos aceitar que nossas crianças e jovens sejam punidos desse jeito", finalizou.

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