Pandemia do Bem: campanha quer arrecadar cobertores para moradores de rua de BH

"Vamos retirar do armário um pouco de amor para agregar à vida de alguém que precisa". Essa mensagem quer chegar ao coração de muita gente e faz parte da campanha mais recente da Pandemia do Bem - um  projeto nascido em Belo Horizonte que vem trazendo um novo olhar do mundo, agora sob a ótica do novo coronavírus. A ação, que distribui café da manhã aos domingos para moradores de rua de Belo Horizonte, no bairro Floresta, na região Leste de BH, aumentou ainda mais essa corrente do bem e criou a campanha #Covidsemfrio em parceria com a Fraternidade Espírita Chico Xavier - uma instituição filantrópica que há cerca de dez anos promove ações sociais na capital mineira.

A ideia é criar uma rede de solidariedade para a doação de cobertores, agasalhos, luvas e meias para aplacar o frio de quem vive em situação de rua na capital mineira. "É uma união de forças. Vamos tentar criar essa conectividade entre indivíduos e empresas para, quem sabe posteriormente, ampliar essa rede de proteção e sermos mais efetivos para ajudar essa população de rua", destaca Randolfo Moreira Bastos, 41, idealizador da Pandemia do Bem.

"É uma união, sim, de esforços para trabalhar pelo próximo",  como explica a voluntária das Obras Sociais Fraternidade Espírita Chico Xavier, Caroline Cavalcanti.  A instituição, que distribui sopa para moradores de rua há cerca de sete anos na capital,  mudou um pouco a estratégia nesses tempos de pandemia: ao invés de sopa, distribui marmitex aos domingos justamente na rua Itambé, na Floresta, onde a Pandemia do Bem iniciou a distribuição de café da manhã. Foi lá, nesse ponto cheio de pessoas em situação de rua, que essa gente do bem se conheceu.  

A campanha já conseguiu uma grande doação em dinheiro - cerca de R$ 2.500 - e fez uma encomenda de 350 cobertores, que vão chegar de São Paulo. "Lá, mesmo com o frete, conseguimos um preço cerca de 30% menor em relação ao mercado daqui", explica Bastos. Se tudo der certo e não houver atrasos relacionados à logística da encomenda, a entrega dos cobertores será feita no dia 23 de maio em vários pontos da cidade e não somente na rua Itambé - onde surgiu a semente dessa parceria.

"Nosso foco agora é a arrecadação de cobertores, mas agasalhos e meias, por exemplo, são sempre muito bem-vindos também", faz questão de ressaltar Caroline. A meta inicial, segundo ela, é doar 500 cobertores nesse primeiro momento. "Mas por que não muito mais"? completa a voluntária da Fraternidade Espírita Chico Xavier.

A campanha #Covidsemfrio vai se expandir, com certeza. Bastos adianta que já recebeu contatos de algumas organizações e até de brasileiros que moram no exterior.

Que tal ajudar e fazer parte dessa corrente do bem?

Contatos para doações via direct pelos perfis do Instagram @pandemiadobem_ ou @obras_chico xavier

Entregas de doações:
- Rua Santo Agostinho, 299, apto 402, bairro Sagrada Família
- Fraternidade Espírita Chico Xavier (rua Padre Eustáquio, 1.742, em frente ao INSS), às terças-feiras (das 14h às 18h) e aos domingos (8h às 10h30)

Para contribuição financeira:
Banco: 269- Nu Pagamentos S.A
Agência: 0001
Conta: 99004121-3
Nome: Randolfo Moreira Bastos Júnior
CPF: 04009735619

Pag Seguro
Só clicar no link em @pandemiadobem

Toda a prestação de contas está no Instagram do projeto.

 

 

 

 

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Entrega de kits de café da manhã na Praça da Rodoviária de Belo Horizonte. • • " A solidariedade é o sentimento que melhor expressa o respeito pela dignidade humana " (Franz Kafka) 🙏🏻 • • #pandemiadobem #maisamorporfavor #umportodosetodosporum #amorgeraamor #correntedobem #correntedobem

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Como começou a Pandemia do Bem:
De iniciativa do contador Randolfo Moreira Bastos, a  Pandemia surgiu quando ele fazia uma corrida pela rua Itambé, no bairro Floresta. "Foi  aquele choque de realidade porque eu estava no conforto da minha casa enquanto tinha tanta gente na rua no meio daquele momento que o mundo está vivendo: a pandemia".

Nesse mesmo dia, ele comprou 50 lanches para distribuir aos moradores de rua. Na semana seguinte, Bastos e alguns colegas de trabalho arrecadaram doações e conseguiram distribuir 150 cafés da manhã. No domingo, dia 3 de maio, quando o projeto completou 15 dias, já foram 500 lanches. Além dos amigos, a família também ajuda na distribuição dos lanches. No dia 11, numa celebração especial na ocupação Leonel Brizola, com lanches, frutas, bolos, doces, cesta básica e roupas, foram 450 kits de café da manhã.