O irmão caçula do caminhoneiro João Luiz Cordeiro Pereira, 56, trabalha com monitoramento de barragens. A tarefa dele é visitar estruturas em Congonhas, Vargem Grande, entre outras.
Mas nesta sexta-feira, o trabalho era em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte. “Se ele tivesse em outra barragem, não estaria desaparecido”, lamenta Pereira.
O trabalhador da Vale, Luiz Cordeiro Pereira, 31, estava na mina. “Eu acho que ele estava almoçando. Ninguém sobreviveu no restaurante. É difícil ter esperanças”, contou desaminado.
O trabalhador da Vale tem uma viagem planejada para fevereiro, quando seria suas férias. O irmão espera que o passeio possa ser realizado. “Ele vai para Porto Seguro. Tenho esperanças de ele estar no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII”, completou.
A notícia veio pouco antes do almoço. “Eu estava deitado e um vizinho chegou gritando. Eu tentei ligar no celular dele às 12h45 e já deu caixa postal”, disse. O que fica agora é um desespero. “Estou sufocado, angustiado. E se ele tiver no meio da lama”, finalizou.
Outra moradora que está em desespero é a cabelereira Sarah Gomes, 44. O primo está desaparecido e ainda não conseguiu dar a notícia do sumiço para os pais de 78 anos. “Estou sem saber o que fazer devido a irresponsabilidade da empresa. A gente torce pelo melhor”. Ela acrescentou que prefere dar a notícia quando souber se o primo está vivo ou morto.
O servente de pedreiro João de Fátima, 56, ele está sem notícias da irmã de 33 anos desde às 11 horas. Ela é faxineira e trabalhava no local da tragédia há três anos. “Conversamos hoje de manhã e combinamos a festa do meu filho que seria hoje à noite. Ela iria levar o bolo”, informou