Os participantes da quarta edição do Fórum do Amanhã, que segue até este sábado em Tiradentes, no Campo das Vertentes, debatendo as revoluções possíveis para que o Brasil possa ir mais longe, de forma mais rápida, rumo ao futuro, viveram uma experiência única nesta sexta-feira (8) durante visita à Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac) de São João Del Rei. Atualmente, cerca de 400 recuperandos (como se chamam os presos) cumprem pena na unidade, que é considerada referência mundial por causa do seu modelo humanizado.
Na ocasião, todos puderam percorrer pelo local e conhecer como é o dia a dia dos internos, qual trabalho realizam durante o período em que cumprem a pena determinada pela Justiça e se ressocializam. Na contramão do modelo tradicional dos presídios brasileiros, o projeto chamou a atenção até mesmo do desembargador Luiz Antônio Cardoso, que se emocionou ao discursar.
“O Fórum do Amanhã nos proporcionou hoje uma oportunidade de aprendizado, de repensar o mundo. Nós, seres humanos, crescemos diariamente, e com certeza agora já não somos mais os mesmos de minutos antes”, disse.
Solange Rosalen Senene, do Instituto Ação pela Paz, também se emocionou. “Um dos princípios da Apac é um recuperando cuidar do outro, e acho que essa é a lição que esta instituição e o Fórum do Amanhã nos deixam. Todos os dias devemos ser melhores um para o outro, para o meio ambiente e para o mundo, para que possamos provocar revoluções”, destacou.
Além da visita à Apac, palestras são realizadas nesta tarde em Tiradentes. Uma delas é com Courtnay Guimarães, especialista em tecnologias que vão moldar o futuro, como bitcoins e blockchains.