Praça

PBH divulga laudos para justificar o corte de árvores na Raul Soares

Laudo apresentado recomenda supressão em função de podridão de raízes e troncos

Por O Tempo
Publicado em 26 de março de 2024 | 13:00
 
 
 
normal

A Prefeitura de Belo Horizonte publicou, nesta terça-feira (26 de março), três laudos para justificar a supressão de três árvores na praça Raul Soares. A reportagem de O TEMPO solicitou, nessa segunda-feira (25 de março), os documentos usados pela administração municipal, já que o laudo de um engenheiro florestal contratado pela deputada federal Duda Salabert contestou a decisão da prefeitura. 

Os três laudos publicados pela prefeitura podem ser consultados nestes links, sendo dois documentos específicos e um outro mais amplo. 

Conforme o Executivo municipal, os cortes foram baseados em laudos técnicos emitidos por “engenheiro agrônomo da PBH, um profissional qualificado e registrado no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Minas Gerais (CRE-MG)”. 

“A supressão das árvores foi ainda autorizada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha), por se tratar de uma praça que é patrimônio da cidade. Foram suprimidos dois Flamboyants e uma Espatódea que apresentavam, entre outras características, raízes expostas, entradas de “casas de ratos” e podridão do tronco na base. Vale lembrar que o monitoramento das árvores da capital é um trabalho constante realizado pela PBH. Assim como o plantio de novas unidades em todas as regionais. Em 2023 foram plantadas mais de 24 mil árvores pela cidade. Para 2024, a previsão da PBH é de realizar o plantio de 30 mil”, argumentou a nota.

Francisco Augusto Granate Sá e Melo Marques — engenheiro florestal, especialista em avaliação de impacto ambiental e processos de licenciamento -, concluiu que as árvores em questão não apresentaram indicativos de doenças ou pragas que comprometessem a sobrevivência das árvores, fatores determinantes para um risco iminente de queda. “Também não foi observado nenhum outro fator físico, químico ou biológico que pudesse oferecer risco à queda das árvores. O método de avaliação utilizado se mostrou satisfatório, sistematizando aspectos paisagísticos, ecológicos, fitossanitários e de riscos e apresentando uma análise multicriterial, abrangente e imparcial. É razoável afirmar que a supressão das duas árvores ocorreu de forma equivocada e desnecessária, causando perdas sociais, paisagísticas, ambientais e ecológicas à população e ao ambiente urbano”, conclui o relatório.

 

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!