Vistoria

Polícia Civil e Mapa voltam à fábrica da Backer nesta terça-feira

A PC investiga a contaminação de, pelo menos, 17 pessoas por dietilenoglicol encontrado na cerveja belorizontina da empresa

Por Natália Oliveira
Publicado em 14 de janeiro de 2020 | 10:57
 
 
 
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Uma nova vistoria foi realizada, pela Polícia Civil (PC) e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), na fábrica da Cervejaria Backer, na manhã desta terça-feira (14). A PC investiga a contaminação de, pelo menos, 17 pessoas por dietilenoglicol - substância tóxica ao consumo humano - encontrado na cerveja belorizontina da empresa. A empresa já tinha sido vistoriada anteriormente. 

Nesta segunda-feira (13), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) determinou que a Backer recolhesse todos os seus produtos da prateleira dos supermercados. A empresa entrou na Justiça contra a decisão. Neste terça a empresa vai dar uma coletiva de imprensa sobre o problema.

Veja o vídeo:

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Mais um lote contaminado

Além dos dois lotes de cerveja contaminados por dietilenoglicol – L1 1348 e L2 1348 –, a Polícia Civil de Minas Gerais confirmou, nesta segunda-feira (13), que ainda um terceiro lote da cerveja Belorizontina, da Backer, também estaria contaminado por substâncias tóxicas.

Além de ter entrado em contato com o dietilenoglicol, a bebida também teria sido contaminada por monoetilenoglicol. De acordo com o delegado Flávio Grossi, da 4ª Delegacia de Polícia Civil do Barreiro, o lote no qual a nova substância foi encontrada foi distribuído com o rótulo Capixaba e circula no Espírito Santo. Até o momento, não há investigação criminal sobre casos em outro Estado.

A contaminação da cerveja é apontada como uma das possíveis causas para o adoecimento de dez pessoas que a teriam ingerido ou adquirido em pontos do bairro Buritis, na região Oeste de BH, antes de serem internadas. Há ainda uma 11ª vítima, confirmada apenas nesta segunda-feira. Trata-se de uma mulher internada no Hospital Municipal São João Batista, em Viçosa, na Zona da Mata.

Todas elas apresentam o mesmo quadro sintomático denominado "síndrome nefroneural". Os pacientes foram acometidos por insuficiência renal grave e alterações neurológicas. Um deles, morador de Ubá internado na Santa Casa de Juiz de Fora, na Zona da Mata, não resistiu à gravidade dos sintomas e morreu na quarta-feira passada (8). 

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