Pandemia

Polícia Militar vai cobrar uso de máscaras e coibir aglomerações em Minas Gerais

Festas, reuniões e eventos com aglomeração poderão ser denunciados pelo número 190; por enquanto, policiais não vão multar, e ações serão apenas educativas

Por Queila Ariadne
Publicado em 24 de junho de 2020 | 21:34
 
 
 
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A guerra contra a Covid-19 ganhou reforço policial. A partir de agora, a Polícia Militar vai atuar nas ruas para coibir aglomerações, tanto na região metropolitana de Belo Horizonte quanto no interior, e quem for flagrado andando sem máscara em vias públicas mineiras poderá ser abordado pelos policiais. A medida foi anunciada nesta quarta-feira (24) pelo governador Romeu Zema (Novo) e já está em vigor.

“Quem observar qualquer aglomeração excessiva, perturbação da ordem ou aquele churrasquinho, pode ligar no 190. Neste momento, estamos dando um tratamento diferenciado para evitar isso, e a ação de cada um vai fazer a diferença final no combate ao coronavírus”, anunciou o comandante geral da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), coronel Rodrigo Sousa Rodrigues.

A princípio, a polícia não vai prender ou multar quem estiver desrespeitando as regras de distanciamento social. “Vamos dar uma orientação para despertar a consciência da pessoa. Em alguns casos, podemos chamar a fiscalização”, destaca Rodrigues, ressaltando que as penalidades vão depender da legislação de cada município. “O Estado está fazendo um esforço tremendo, e, se não atuarmos agora, vai ter que vir outro fechamento”, destaca o comandante. 

De acordo com o major Flávio Santiago, porta-voz da PMMG, a corporação vai fiscalizar o uso do acessório de proteção em caráter educativo, para orientar e conscientizar os cidadãos sobre a importância dele no combate à Covid-19. “Não tem caráter coercitivo previsto em lei para fazer qualquer condução ou prisão de quem não estiver usando a máscara, a não ser que exista a possibilidade de a pessoa estar doente”, explicou. Em caso de desobediência, o militar poderá fazer um boletim de ocorrência. A fiscalização vai agir, segundo o major, pautada pelas regras de cada município. 

Nessa quarta-feira, Zema admitiu que a possibilidade de fazer um lockdown é grande, mas explicou que não seria em todo o Estado de uma vez. “A questão de fechar ou não cabe a cada prefeito. Eu, como governador, disse que temos uma chance de 90% de alguma cidade, em algum momento, fechar, o que pode ser durante uma ou duas semanas. Mas o Estado ficar fechado, eu acho pouco provável”, destacou.

Atualmente, das 14 macrorregiões do Estado, cinco estão com taxas de ocupação de leitos superiores a 90%: Centro, Vale do Aço, Sudeste, Sul e Triângulo Mineiro.

BH

Em Belo Horizonte, o prefeito Alexandre Kalil está esperando a aprovação da Câmara Municipal para começar a multar quem desrespeitar regras de segurança no combate à Covid-19. O PL 969/2020 já passou pelas comissões e aguarda apreciação no plenário. Se aprovado, quem não usar máscara pode pagar R$ 100.

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