Crime passional

Policial civil envolvido na morte de auditor da PBH se apresenta

Quebra de sigilo telefônico e relacionamento extraconjugal da mulher da vítima ajudaram a polícia a solucionar o caso

Por CAMILA KIFER
Publicado em 06 de agosto de 2014 | 19:30
 
 
 
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O investigador da Polícia Civil apontado por um inquérito policial como amante da mulher de um auditor fiscal da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) executado a tiros, no dia 18 de fevereiro deste ano, quando estava a caminho do trabalho, se apresentou na manhã desta quarta-feira (6). O suspeito era considerado foragido desde julho, quando um mandado de prisão foi expedido. 

Conforme informações da assessoria de comunicação da Polícia Civil, Ernandes Moreira Santos se apresentou, na companhia de seu advogado, na Casa de Custódia, no bairro Horto, região Leste da capital, onde permanece preso.

Três dos envolvidos no assassinato do servidor Iorque Leonardo Barbosa Júnior, de 42 anos, já estão presos, entre eles a mulher da vítima, Alessandra Lúcia Pereira Lima, de  41 anos. 

Inquérito 

No dia 21 de julho, o delegado Rodrigo Bossi, responsável pelo caso, prendeu e apresentou os mecânicos e irmãos Otávio e Flávio de Matos Rodrigues, de 36 e 39 anos, respectivamente, e a mulher da vítima, como responsáveis pelo crime.

De acordo com as investigações, Otávio teve envolvimento direto, estando no carro em que o atirador chegou para matar Iorque, e Flávio ajudou a esconder o veículo em sua oficina.

A conclusão do caso só foi possível por meio da quebra do sigilo telefônico dos três envolvidos. Além disso, o inquérito apontou que a pessoa responsável pelo crime conhecia bem a rotina da vítima.

Na ocasião, o delegado  Rodrigo Bossi afirmou que Alessandra negou o relacionamento extraconjugal com Ernandes, no entanto, a polícia confirmou o envolvimento dos dois por meio de mensagem do policial para a mulher, que dizia: “Me liga, preciso ouvir sua voz”.

As investigações apontaram que, em um período de 59 dias, Alessandra e Ernandes trocaram cerca de mil ligações e mensagens.

O inquérito também aponta um motivo financeiro para que Alessandra quisesse matar o marido, já que, com a morte de Iorque, o apartamento no valor de R$ 405 mil comprado pela vítima ficaria para sua esposa e a filha do casal.

Alessandra também receberia a pensão por morte no valor de R$ 15.438 mensais, além das férias acumuladas que ele tinha, no valor de R$ 132.7905.

Atualizada às 20h16

 

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