Cristiano Silva (PP), prefeito de Capitólio, cidade mineira onde, nesse sábado (8), ao menos dez pessoas morreram devido à queda de uma formação rochosa, afirmou, em coletiva de imprensa neste domingo (9) que “é uma injustiça” cobrar de sua gestão previsibilidade em relação ao ocorrido.
“Como foi colocado, estamos fazendo um trabalho desde o ano passado sobre trombas d’água, para mobilizar os empresários, os turistas, para que ficassem atentos a elas. Queda de paredão, como [ocorreu], nunca tivemos. É uma injustiça querer cobrar isso [previsibilidade]. Meu pai vive aqui, tem 76 anos, nunca viu isso. Olharmos para uma tragédia e questionarmos isso não seria virtuoso. Foi uma fatalidade”, discursou.
Silva disse ainda que não se pode dizer que houve “falhas” e que as formações rochosas estão na região “há milhares de anos”. Parte dos discursos proferidos durante a coletiva de imprensa – que reuniu a Polícia Civil, a Defesa Civil, a Polícia Militar e demais prefeitos de regiões afetadas – também fizeram coro aos anseios do prefeito de Capitólio.
Sargento da Defesa Civil de Minas Gerais, Wander Silva, quando questionado, pontuou que “seria leviano” apontar responsáveis por ora e que “será verificado posteriormente” durante o inquérito conduzido pela Polícia Civil. O delegado regional de Passos, Marcos Pimenta, também não apontou responsáveis.
Reunião definirá rumos para a região
Nesta segunda-feira (10), uma reunião entre a prefeitura de Capitólio, a Marina, a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros, explicou o chefe do Executivo municipal, deve traçar quais caminhos a região viverá após a tragédia.
Ele frisou que ainda não há definição de quando a área será liberada e ressaltou que estudos técnicos devem ser realizados.