Seis meses fechada

Prefeitura de BH apresenta proposta para retorno da Feira Hippie, ainda sem data

Inicialmente, projeto prevê que 50% dos feirantes poderiam expor na feira a cada domingo

Por Gabriel Rodrigues
Publicado em 14 de setembro de 2020 | 10:42
 
 
 
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A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) apresentou uma proposta para o retorno da Feira Hippie, que está há seis meses sem funcionar. Em reunião com a comissão paritária dos expositores na última semana, o governo municipal propôs que apenas metade dos cerca de 1.700 feirantes trabalhem a cada domingo.

O artesão Luís Cláudio de Almeida, 63, membro da comissão paritária dos expositores,  participa da negociação com a prefeitura e diz não acreditar que a feira retorne ainda neste mês. A pedido da comissão, segundo ele, a prefeitura se comprometeu a entrar em contato com todos os feirantes para saber quantos deles pretendem retornar à feira assim que for autorizado. Caso um número significativo deles não tenha essa intenção — o que Luís Cláudio afirma ser possível —, há possibilidade de que o revezamento dos domingos não seja necessário. 

“Muitos feirantes não vão retornar por serem mais velhos. Alguns têm medo da pandemia e alguns faleceram nesse período. Não adianta fazer um layout para o retorno de apenas 850 pessoas por domingo se só 1.100 feirantes, dos 1.700, vão voltar. Dá para colocar as outras 200 pessoas”, diz. 

O representante afirma ter ouvido na imprensa a possibilidade de que a prefeitura ampliaria o espaço ocupado pela Feira Hippie. Antes da pandemia, ela se estendia pela avenida Afonso Pena entre as ruas da Bahia e Guajajaras. Em uma nova configuração, que o feirante diz não ter sido comunicada oficialmente pelo governo municipal, seria ampliada para ocupar o espaço da Praça Sete (entre avenidas Afonso Pena e Amazonas) à Praça Milton Campos (entre avenidas do Contorno e Afonso Pena). 

Na proposta original, de acordo com Luís Cláudio, as barracas de comida, que costumavam se dispersar em três setores diferentes da feira, se concentrariam na rua Goiás, atrás da sede da prefeitura. Questionada pela reportagem, a PBH não confirmou o local onde a feira funcionará após o retorno ou quando os feirantes poderão retomar as atividades. O governo municipal afirma estar aguardando que os expositores avaliem a proposta inicial. 

 

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