Além de trazer grandes reflexos à economia, com o fechamento dos comércios não essenciais e a menor movimentação nas ruas, a pandemia do coronavírus também tem afetado duramente as empresas responsáveis pelo transporte público em Belo Horizonte. E para evitar um colapso na rede devido à queda na demanda, a prefeitura tem enviado cerca de R$ 3,5 milhões semanalmente às companhias de ônibus.
De acordo com o prefeito Alexandre Kalil (PSD), que anunciou os números hoje durante entrevista coletiva, os valores se referem aos adiantamentos de vale-transportes. "Somos clientes e os maiores compradores dos vale-transportes. Precisamos levar o servidor para os postos de saúde, e quem trabalha também [nos serviços essenciais]", explicou.
Para Kalil, a medida evita que os coletivos parem de circular, como aconteceu em Florianópolis, em Santa Catarina, e João Pessoa, na Paraíba. "Brigamos tanto, batemos tanto, agora estamos tentando ajudar para que não entre em colapso", frisou.
Sem gratuidade nos horários de pico
Nesta segunda-feira (20), entrou em vigor uma nova norma que acaba com a gratuitade para idosos nos horários de pico do transporte público. Segundo o prefeito Alexandre Kalil, o objetivo é intensificar as medidas de isolamento social para combater o coronavírus, principalmente dessa população que faz parte do grupo de risco. "Se está dispensado ou liberado do trabalho, não tem motivo para sair nesse horário", justifica.