A Prefeitura de Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte, questionou a empresa parceira responsável pela contratação do médico acusado de importunar sexualmente um paciente na UPA São Benedito nessa sexta-feira (12 de abril). O Executivo pediu explicações sobre critérios de seleção e fiscalização de condutas dos contratados. O profissional de saúde é foragido da Justiça de Belo Horizonte desde 31 de janeiro.
Segundo a administração municipal, como o médico não tem vínculo empregatício com a prefeitura, não cabe ao Executivo aplicar ações corretivas ao profissional. A empresa contratada, no entanto, deverá responder sobre a denúncia de importunação sexual contra o empregado. “A contratada já foi provocada na perspectiva de prestar esclarecimentos imediatos acerca da contratação dos funcionários, bem como de detalhar sobre o controle e fiscalização das condições de habilitação profissional dos mesmos”, informou a prefeitura de Santa Luzia.
Esta informação sobre o vínculo empregatício do médico foi atualizada por volta das 14h30 deste sábado (13 de abril). Mais cedo, a prefeitura havia anunciado, erronêamente, a demissão do médico. Mesmo assim, o Executivo lamentou a ocorrência do abuso dentro da UPA. “Todas as medidas administrativas e judiciais estão, e continuarão, sendo tomadas em relação à referida empresa contratada e ao possível autor do ato, visando, assim, que episódios desta natureza não se repitam”, afirmou.
O paciente que teria sido vítima da importunação sexual e a família estão sendo assistidos pela prefeitura “em tempo integral”. A administração municipal informou que chamou a Polícia Militar para o registro da ocorrência.
O médico segue foragido na manhã deste sábado (13 de abril). Ele é procurado pela Justiça por outro crime de importunação sexual mediante fraude. Durante o atendimento dessa sexta-feira, quando o paciente reclamou de dores na perna, o profissional de saúde começou a masturbar o jovem de 22 anos e disse que aquilo era um método normal usado por ele.