Suspeita de feminicídio

Procurador geral diz que é falsa reunião com promotor investigado

Expectativa é que Ministério Público de Minas Gerais divulgue mais detalhes da investigação da morte de Lorenza Maria Silva Pinho

Por Da Redação
Publicado em 03 de abril de 2021 | 23:12
 
 
 
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Circulou neste sábado (3) uma informação de que o promotor de Justiça André Luis Garcia de Pinho teria procurado o Procurador Geral de Justiça de Minas, Jarbas Soares Júnior, nessa sexta-feira à noite para falar sobre a morte da mulher, Lorenza Maria Silva Pinho, ocorrida no mesmo dia. No entanto, em mensagem encaminhada por Jarbas à reportagem de O TEMPO, o procurador negou o encontro, inclusive tendo relatado que está a 600 quilômetros de Belo Horizonte.

Diante da grande repercussão e procura intensa por informações do caso, o Ministério Público de Minas Gerais deve divulgar uma nota esclarecendo o caso da morte e também para apontar que um procedimento interno foi instaurado para apurar o que realmente aconteceu com a mulher do promotor André Luis Garcia de Pinho.

Fato é que o laudo do Instituto Médico Legal aponta que Lorenza Maria Silva Pinho sofreu violência física, o que pode caracterizar feminicídio. Em depoimento, o promotor alegou que a esposa morreu ao se engasgar, mas no documento do IML consta que a vítima sofreu esganadura e também violência na cabeça. 

Entenda

Lorenza foi encontrada morta na sexta-feira (2). O marido alegou que ela teria se engasgado. Porém, familiares relataram que o casal vivia um relacionamento conturbado e logo suspeitaram do motivo do óbito. O corpo segue no IML de Belo Horizonte e não deve ser liberado para enterro antes de segunda-feira (5). 

A Polícia Civil informou que acompanha o caso. "Os exames de necropsia foram concluídos na madrugada deste sábado (3/4), no Instituto Médico-Legal Dr. André Roquette (IML), acompanhados das autoridades competentes, e todos os elementos de investigação estão sendo compartilhados com o MPMG. Outras informações serão prestadas em momento oportuno", informou a corporação, em nota.

De acordo com fontes ouvidas pela reportagem, André Pinho estava morando em um apartamento de dois quartos no bairro Carmo, com os cinco filhos, a esposa e duas babás. Ele estaria se escondendo de cobradores por enfrentar problemas financeiros. Diante do desdobramento, a expectativa é que os filhos sejam entregues à família da mãe e que o pai não poderá ter contato com eles, pelo menos neste momento inicial das investigações.

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