Educação

Professores da rede particular de Minas decidem manter greve

Os rumos do movimento serão decididos após uma reunião no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), marcada para começar às 14 horas de quarta-feira (15).

Por Natália Oliveira
Publicado em 13 de junho de 2022 | 16:09
 
 
 
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Os professores da rede particular decidiram manter a greve após assembleia realizada nesta segunda-feira (13) no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). De acordo com o Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro-MG), os rumos do movimento serão decididos após uma reunião no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), marcada para começar às 14 horas de quarta-feira (15). 

"Na última reunião de negociação, os donos de escolas mantiveram a intenção de retirar direitos da categoria e precarizar as condições de trabalho dos docentes. Eles insistem, por exemplo, nas propostas de acabar com as bolsas de quem atrasar a mensalidade, de aumentar o número de situações que permitem reduzir a carga horária sem ter de indenizar os professores e de incluir no acordo uma oportunidade para a escola deixar de pagar horas extras aos docentes, o chamado “controle alternativo de jornada”, informou o Sinpro.

Durante a reunião, os professores rejeitaram a proposta patronal e reafirmaram a pauta de reivindicações entregue aos donos de escolas. A categoria quer a recomposição salarial de 5%, a manutenção dos direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), a regulamentação do trabalho virtual entre outras demandas. 

“Estamos em um momento insustentável, e o nível de precarização tende a piorar com a mercantilização da educação, que nos transforma em um número na planilha de custos. A gente precisa se fortalecer neste momento, pois nos separar é justamente o que o patronal quer”, afirmou uma professora por meio do sindicato. 

Outros professores denunciaram a sobrecarga de trabalho e que estavam sendo intimidados pelos donos de escolas para não aderirem a greve. “Os professores e professoras estão sendo bastante assediados. Vários foram chamados pela direção para não aderir à greve, que é um direito constitucional dos trabalhadores. É importante que os professores denunciem essa situação, porque vamos recorrer à Justiça para assegurar o direito dos professores”, ressaltou Thais D’Afonseca, presidente interina do Sinpro Minas. 
 

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