Os trabalhadores em educação fazem uma marcha pela educação na manhã desta quinta-feira (5). A categoria começou a marcha na praça dos Trabalhadores em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte e vão até a praça da Liberdade, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. A previsão é que eles cheguem ao Palácio da Liberdade por volta de 13h.
Os motoristas das duas cidades devem ter atenção, já que os manifestantes seguem pela avenida Amazonas fechando o trânsito de Contagem a Belo Horizonte. O tráfego está completamente interrompido no sentido centro e já há congestionamentos. Por volta de 10h, o grupo estava na Gameleira onde parou para fazer um lanche e ir ao banheiro.
Cerca de 300 pessoas participam da macha. De acordo com a Polícia Militar, o Batalhão de Choque já foi chamado para acompanhar o protesto. Na avenida Pedro I o trânsito também está lento por causa de protesto de taxistas.
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Veja vídeo do protesto feito pelo nosso fotógrafo Alex de Jesus:
Reivindicações
As principais reivindicações da categoria são: o pagamento do piso salarial; fim do parcelamento dos salários e do 13º; cumprimento dos acordos assinados e atendimento de qualidade pelo Ipsemg.
Sobre a greve
A greve teve início no último dia 8 de março. Quase meio milhão de alunos já ficaram sem aulas em Minas Gerais. Na terça-feira (3), a Secretaria de Estado de Educação (SEE) havia contabilizado 445.709 alunos atingidos, de um universo de dois milhões da rede estadual. Na quarta-feira (4), o índice divulgado foi de 379.941.
Esses números são informados pelas instituições de ensino diariamente para a pasta e sofrem variações – uma vez que nem todas as instituições relatam a situação de momento. Conforme o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE-MG) a adesão da categoria atinge 40% dos professores do Estado.
Em assembleia realizada nesta quarta-feira, os professores decidiram manter a greve até, pelo menos, a próxima terça-feira – quando a Assembleia Legislativa deve apresentar à categoria uma Proposta de Emenda à Constituição que pode garantir a adoção do piso nacional aos professores de Minas.
A Secretaria de Estado de Educação informou, por meio de nota, que um calendário de reposição de aulas deve ser proposto nas escolas que aderiram ao movimento logo após o fim da paralisação.
Resposta do governo
A Secretaria de Estado de Educação (SEE) reitera que o Governo de Minas Gerais se empenhou na busca de uma conciliação com o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (SindUTE) que atendesse as partes envolvidas e garantisse a regularidade do ano letivo dos estudantes da rede.
Com a mediação do Ministério Público e da Assembleia Legislativa, foi elaborado um termo de conciliação que previa o envio de projeto de lei para concessão dos reajustes do Piso de 2017 e 2018 tão logo o Governo retornasse ao limite prudencial previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal.
O Governo reafirma que cumpriu a maioria dos itens do acordo de 2015 e que está aberto a soluções que tenham viabilidade legal e contribuam para o cumprimento na íntegra do acordo firmado com os trabalhadores.