O promotor de Justiça André Luís Garcia de Pinho, 51, solicitou na Justiça na noite dessa terça-feira (13) autorização para comparecer ao enterro da esposa, Lorenza Maria Silva de Pinho, marcado para ocorrer às 11h desta quarta-feira (14), no Cemitério Boa Morte, em Barbacena, no Campo das Vertentes. A informação foi confirmada pelo advogado dele, Robson Lucas. André Luis é suspeito de ter matado a esposa na madrugada do último dia 2 de abril, no apartamento em que eles moravam com os cinco filhos, no bairro Buritis, na região Oeste de Belo Horizonte.
De acordo com Robson Lucas, apesar do pedido, há o entendimento de que não há tempo hábil para que o deslocamento para outra cidade seja realizado. “O Artigo 120 da Lei de Execução Penal assegura esse direito. O problema é a logística da escolta e do deslocamento a outra cidade, já que soubemos do sepultamento no final da tarde e tive que ir visitar o André já em horário avançado, para dar ciência a ele. Fizemos um requerimento de autorização, mas sabemos que não há tempo hábil para as providências”, disse o advogado.
O médico gastroenterologista Bruno Sander, 41, que está com a guarda dos cinco filhos do casal afirmou que a maioria delas também vai comparecer ao enterro. “Eles disseram a mim e à minha esposa que gostariam de participar e fizemos o desejo deles. Só o mais novo, de 2 anos, não irá participar”, explicou o médico.
De acordo com o pai de Lorenza, o aviador aposentado Marco Aurélio Silva, que mora em Uberaba, no Triângulo Mineiro, a filha será enterrada em Babacena porque familiares dela do lado materno são da cidade.
"A parte materna da Lorenza pertence a uma família centenária de Barbacena. Ela ficará junto aos seus", declarou.
Relembre
Lorenza Maria Silva de Pinho, de 41 anos, morreu no último dia 2, no apartamento em que morava com a família, no bairro Buritis, na região Oeste de Belo Horizonte. Dois dias depois, a polícia prendeu o marido dela, o promotor André Luís Garcia de Pinho, 51, sob a suspeita de ter matado a mulher. À polícia, ele alega inocência e disse que Lorenza morreu após passar mal e sofrer um engasgo.
A Polícia Civil e a Procuradoria Geral de Justiça de Minas investigam o caso, que corre sob segredo de Justiça. Apesar da liberação do corpo, o laudo sobre a causa da morte de Lorenza não foi divulgado. O Ministério Público promete divulgar o documento só após o término das investigações.