“Stellio”

Quadrilha que ostentava luxo em MG é presa suspeita de aplicar golpes a bancos

Criminosos podem der dado um prejuízo superior a R$ 500 mil a instituições financeiras através de pedidos de crédito em nome de terceiros

Por Gabriel Moraes
Publicado em 14 de julho de 2020 | 17:55
 
 
 
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A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) realizou nesta terça-feira (14) mais uma fase da operação “Stellio”, que visa combater o crime de estelionato através de meios eletrônicos. Ao todo, quatro pessoas foram presas suspeitas de praticar golpes que culminaram em um prejuízo superior a R$ 500 mil a bancos e outras instituições financeiras.

Segundo o chefe do 9º Departamento de Polícia Civil em Uberlândia, no Triângulo, delegado Marcos Tadeu de Brito Brandão, a quadrilha começou a ser investigada quando foi descoberto um esquema para burlar cartões. “A investigação teve início quando descobrimos uma estratégia desenvolvida pelos suspeitos no sentido de burlar a segurança de instituições bancárias, fazer e aprovar cartões de crédito, que eram utilizados inclusive via grupos de mensagens para a prática de ilícitos”, disse.

A primeira prisão ocorreu no dia 26 de junho, de um jovem de 27 anos que se encontrava em um flat de luxo na cidade, onde tinha objetos de alto valor. Desde esse dia, foram apreendidos vários equipamentos e softwares de informática, diversos bens valiosos, como carros de luxo, além de valores que estavam nas contas correntes dos investigados.

Como funcionava

Ainda de acordo com o delegado, os golpes eram aplicados principalmente em agências, utilizando-se de documento falsos de terceiros. “Foi montado um grupo de mensagens no qual eles trocavam informações sobre as potenciais vítimas. Com programas apropriados, eles falsificavam documentos públicos e, posteriormente, utilizavam a documentação para conseguirem crédito junto às instituições financeiras. Em posse dos cartões de crédito, eles os utilizavam para fazer compras até estourarem o limite. Depois também usavam o cartão para clonagem de outros cartões”, explica.

Esses crimes eram praticados em Uberlândia e outras cidades da região Central do Estado. Nesta terça-feira, foram cumpridos mandados de prisão em Belo Horizonte, Contagem, Ibirité e Ribeirão das Neves, na região metropolitana.

De acordo com a PCMG, Até o momento, 11 suspeitos de integrarem a organização criminosa e praticarem diversas fraudes serão indiciados. "As investigações prosseguem com o objetivo de identificar as demais pessoas envolvidas não só na prática do estelionato, mas também na associação criminosa, fabricação e utilização de documentos falsos", informou.

O nome “Stellio”, que no latim significa camaleão, é a origem do nome estelionato.

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