Danificada desde o fim de abril deste ano, uma das estátuas de tigre da praça Rui Barbosa, no Centro de Belo Horizonte, só será reparada em meados do primeiro semestre de 2021. A prefeitura de Belo Horizonte informou que o reparo vai levar de três a quatro meses e custar R$ 45000. A praça possui duas esculturas de tigres, duas de leões, duas ninfas e quatro deusas simbolizando as quatro estações do ano.
As peças que estão na praça são réplicas das obras originais, que foram esculpidas em mármore branco de Carrara pelo artista Antônio Folini e tombadas pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha ). As obras originais também já foram alvo de vandalismo e hoje se encontram guardadas no Museu de Artes e Ofícios.
Débora Martins trabalha em uma loja na região vê a depredação como uma falta de respeito com o patrimônio público. "É algo que é nosso, do nosso povo, da nossa cidade, isso só mostra a desvalorização de quem faz isso com o espaço em que vive", descreve.
A poucos metros da praça Rui Barbosa, na rua Sapucaí também é visível a ação de vândalos. A mureta que percorre a via apresenta vários danos e pichações. Rose Dias é proprietária de um restaurante no local e reclama da situação. "A situação é deprimente, não tëm cuidado, não tëm olhar para a Sapucaí. De noite tem vandalismo, rolezinho e pichação. Até conseguimos trazer policiamento e atenção para cá, mas esse policiamento só dura até meia noite".
O secretário municipal de segurança e prevenção, Genilson Ribeiro Zeferino explica que a Guarda Municipal é responsável por zelar, vigiar e proteger a cidade, incluindo seus patrimônios públicos. Ele conta que este tipo de ação de vandalismo infelizmente acontece de forma sistemática.
O secretário argumenta que ao contrário do que muitos acreditam, a maior parte das pessoas que passam o dia em atividades diversas na praça Raul Soares não é de moradores de rua, mas de pessoas que possuem residência fixa. Outro ponto destacado pelo representante da prefeitura é que os danos causados na rua Sapucaí são provocados em sua maioria por jovens de boa situação financeira e até mesmo com grau superior de ensino. "São pessoas que vivem em uma situação de antagonismo com a cidade e agem como se a cidade fosse deles. São fenômenos que estamos compreendendo agora".
De acordo com ele, a prefeitura está trabalhando na elaboração de uma unidade integrada entre a Guarda Municipal, a Polícia Civil e a Secretaria de Segurança Municipal. A iniciativa visa justamente combater atos de vandalismo, pichações, dano ao patrimônio público e crimes ambientais. Ele acredita que a unidade vai estar em funcionamento nos primeiros 100 dias do ano de 2021.
A Prefeitura informou que enviará uma equipe para vistoriar a rua Sapucaí e tomar as medidas necessárias.
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