Tragédia

Risco diminui, e pessoas evacuadas podem voltar a Brumadinho

Por volta das 5h do domingo, uma sirene tocou avisando o risco de um novo rompimento

Por Franco Malheiro e Fransciny Alves
Publicado em 27 de janeiro de 2019 | 15:57
 
 
 
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As pessoas que haviam sido evacuadas de suas casas, na manhã deste domingo (27), podem voltar para Brumadinho. A informação é oficial, passada pelo Corpo de Bombeiros que está no local.

Elas tiveram que deixar suas moradias devido ao risco da barragem B VI, de água, se romper assim como aconteceu com a barragem de rejeitos I da mina do Córrego de Feijão na sexta-feira, deixando ao menos 37 mortos.

Por volta das 5h do domingo, uma sirene tocou alertando os moradores sobre o problema. Com isso, houve a necessidade de evacuar parte da cidade e também de suspender as buscas por desaparecidos na tragédia. As buscas também foram retomadas na tarde deste domingo.

O tenente coronel Flávio Godinho, da Defesa Civil, afirmou que entre as pessoas que podem voltar as suas casas estão as 3.000 que teriam que sair das suas residências. "Todas as pessoas já podem retomar às suas residências. A situação voltou ao primeiro momento, ou seja, normalidade porque a barragem voltou ao nível 1. Se há qualquer momento tiver mudança de cenário, nós vamos avisar imediatamente", afirmou.

Houve protesto de moradores e de parentes de vítimas que buscavam por informações dos desaparecidos. 

Vídeo mostra o momento do toque da sirene:

Riscos

Existem três níveis de risco de rompimento de barragens. Segundo o Corpo de Bombeiro, no nível 1 a barragem está monitorada e estável; no 2 requer evacuação das áreas que podem ser atingidas e o esvaziamento dela até que a barragem retorne ao normal. Já no nível três significa que ela está rompida e que rejeitos devastaram toda área no entorno. 

A barragem que corria risco de transbordar, que é de água e tem 4 milhões de métricos cúbicos, continua sendo drenada e, até às 15h30, diminuiu para 1 milhão de metros cúbicos. Segundo Godinho, ainda não se sabe quando tempo vai demorar para a água ser totalmente drenada, mas ele garantiu que medições estão ocorrendo a todo momento: "A vida das pessoas está em primeiro lugar".

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