Vômitos, convulsões e diarréias são alguns dos sintomas apresentados por cães que supostamente foram intoxicados por etilenoglicol. A morte de seis pets, em Belo Horizonte, estaria associada ao consumo de petiscos. Um sétimo animal morreu no interior de Minas e outros dois em São Paulo. O caso é investigado pela Polícia Civil mineira.  

A advogada Silvia Valamiel representa duas tutoras que perderam animais de estimação devido à suposta intoxicação. Ela conta os sintomas que os pets manifestaram. “Assim que ingeriram o petisco, começaram a ter muita sede e depois vômito, além de prostração”, comentou.

Os animais foram submetidos a exames e tiveram alteração renal diagnosticada, conforme explicou a advogada . “Eram cachorros super saudáveis e ativos. Tinham acompanhamento veterinário frequentemente”. A delegada Danúbia Quadros orienta os tutores a procurarem a Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor caso os pets apresentem vômitos, convulsões e diarréias. 

A Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor fica na rua Martim de Carvalho, número 94, no bairro Santo Agostinho, em Belo Horizonte. Procurada pela reportagem, o Minis da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) esclareceu que “o caso está em fase de investigação e, por isso, não é possível adiantar qualquer informação”.

Intoxicação

O laudo de necropsia feito pelo Hospital Veterinário da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) apontou que os cães foram contaminados pela ingestão da substância etilenoglicol, usada na fabricação de petiscos.

A substância ingerida pelos animais é a mesma encontrada em alguns lotes da cerveja Belorizontina, da Backer, que, em janeiro de 2020, que levou à contaminação de vários clientes da cervejaria. Dez pessoas morreram e pelo menos outras 16 sofreram lesões gravíssimas.