Mesmo após a contestação de ambientalistas e a pressão da sociedade, a secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais, Marília Carvalho de Melo defendeu a liberação da mineração na Serra do Curral e alegou que tudo foi feito de maneira legal. A fala ocorreu durante uma audiência pública realizada nesta quarta-feira (05) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
Em um pronunciamento que durou cinco minutos, e que posteriormente foi alongado por mais três minutos, a secretaria se ateve às questões técnicas do projeto analisado pelo Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) e alegou que todo o rito seguiu o que estava previsto legalmente.
“Esse processo, como um disse, foi ao Copam e retornou à câmara, a reunião se iniciou às 9h e a discussão processo se iniciou às 14h. Como sempre, o Copam é um conselho que dá ampla possibilidade a todos se manifestarem. Especificamente sobre esse processo, foram 283 inscritos para fala, por isso a reunião se alongou durante a madrugada”, defendeu.
Durante toda a fala, a secretária aproveitou para citar dados sobre o empreendimento da Tamisa e alegou que, na fase de implantação da primeira etapa da mineração no local, o impacto será menor do que o inicialmente previsto.
“O projeto está integralmente localizado no município de Nova Lima, e quando foi foi formalizado pela primeira vez em 2014, abrangia também a cidade de Raposos. Ele foi readequado, com diminuição da área de exploração. Dos 1250 hectares que constam no projeto, na primeira fase a empresa fará intervenção em 41 hectares, que equivale a 0,41% da Serra do Curral”, disse a secretária.
A audiência, que começou até às 10h, deve ser estender ao longo da tarde. Segundo o presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, deputado Noraldino Júnior (PSC), há mais de 30 pessoas inscritas para participar da audiência.