Os servidores da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) entraram de greve, por tempo indeterminado, nesta segunda-feira (4). Psicólogos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas cobram do Governo do Estado promessa feita pelo atual governador, Fernando Pimentel, durante a campanha eleitoral: reduzir a jornada de trabalho deles de 40 para 30 horas semanais, sem diminuição salarial.
Segundo o Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde/MG), o governador Fernando Pimentel sinalizou que pode atender ao pedido em 2016, mas os servidores querem que a intenção seja efetivada em documento.
Em um assembleia na última quinta-feira (30), os servidores decidiram pela greve e trabalham em escala reduzida de 30%.
Proposta
Conforme o Sind-Saúde/MG, o governo apresentou a proposta de abono salarial para todos os trabalhadores das carreiras da saúde no valor de R$ 190 mensais, a serem incorporados em quatro parcelas, no período de um ano, com a inclusão dos servidores aposentados. O termo de acordo coloca com clareza a implementação da redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais, mas o governo se recusa a deixar expresso a garantia de manutenção dos salários, o que gera desconforto e insegurança na categoria. O prazo estabelecido para debater a revisão do plano de carreira é de 90 dias.
Por meio de nota, a Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) informou que o governo aceitou a proposta da categoria, recebida no último sábado (2).
"A Seplag reafirma o permanente diálogo com os sindicatos que representam os servidores da Saúde e já propôs a instituição imediata de Grupo de Trabalho para discussão dos planos de carreira e estudo da redução da carga horária dos trabalhadores da Saúde, com apresentação de cronograma de implementação a partir de 2016".
À reportagem de O TEMPO, a Fhemig informou que todas as 21 unidades de saúde estão com atendimento nesta segunda. Pontuou ainda que nas unidades onde há adesão à greve, há lentidão nos serviços.
Atualizada às 13h