Vacina contra Covid-19

Sindicato pede ao Governo Federal que médicos façam parte do grupo da 3ª dose

Ofício foi entregue a Ministério da Saúde na última quarta-feira (08) e também foi assinado pelo sindicado dos médicos do Rio Grande do Sul

Por Hellem Malta
Publicado em 10 de setembro de 2021 | 19:44
 
 
 
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Os sindicatos dos médicos de Minas Gerais (Sinmed-MG) e do Rio Grande do Sul (Simers) formalizaram um pedido ao Ministério da Saúde para que médicos e profissionais de saúde sejam incluídos no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 e, assim, receberem a dose de reforço da vacina contra o coronavírus. Por enquanto, a nota técnica nº 27/2021 do ministério autoriza a aplicação de uma terceira dose do imunizante, a partir do dia 15 de setembro, para todos os idosos acima de 70 anos e pessoas imunossuprimidas (com baixa imunidade ou que tem o sistema imunológico comprometido).

No ofício, enviado na última quarta-feira (08), as entidades destacam que os profissionais de saúde – especialmente os médicos – estão atuando na linha de frente do combate à pandemia desde março de 2020, mostrando-se “essenciais para a continuidade do combate e estão em constante exposição ao vírus”.

“A vacinação prioritária dos profissionais da saúde, inclusive, deve ser estabelecida com base em critérios já estabelecidos de prioridade da preservação do funcionamento dos serviços de saúde, nos termos do Plano Nacional de Operacionalização publicado em julho/2021”, diz trecho do documento enviado ao Ministério.

Esse pedido também foi feito oficialmente pelo Sinmed-MG para a Prefeitura de Belo Horizonte e o Governo do Estado. Atualmente, Minas Gerais tem mais de 30 mil médicos e, segundo o sindicato, dois terços desses profissionais fazem atendimento direto a pacientes nos serviços de urgência nos vários níveis de atenção à saúde, incluindo a atenção primária no atendimento a Covid-19.

“Estamos em um momento diferente do início da vacinação no país, agora com grande disponibilidade de vacinas. O nosso pedido é para o Ministério avaliar tecnicamente a situação e, se comprovar a baixa de anticorpos nas várias faixas de idades (após a aplicação das duas doses), que os profissionais de saúde possam ser priorizados na dose de reforço, uma vez que a baixa desse grupo pode comprometer o atendimento na própria situação da pandemia. Esses profissionais que estão na linha de frente precisam se manter trabalhando”, diz Artur Mendes, diretor de Pesquisas e Projetos do Sinmed-MG.

A vontade de receber a terceira dose da vacina contra a Covid-19 foi avaliada pelo sindicato mineiro junto aos associados e, segundo Mendes, 100% da categoria demonstrou interesse na aplicação da dose adicional do imunizante. “O interesse é grande e medo de contrair o vírus, nesse momento, passa a ser grande também tanto quanto no início da pandemia”, afirma o diretor.

Procurado pela reportagem para saber se o pedido dos sindicatos foi avaliado e se existe a intenção do Governo Federal incluir os médicos e os demais profissionais de saúde, que atuam na linha de frente, no grupo prioritário para receber a dose de reforço da vacina contra a Covid, o Ministério da Saúde não se manifestou até a publicação desta matéria. A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) também não respondeu.

Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte informou que recebeu o ofício do Sinmed-MG na quinta-feira (09) e que a Secretaria Municipal de Saúde aguarda a comunicação oficial do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado da Saúde, bem como o envio de vacinas, para a aplicação da terceira dose em profissionais de saúde. “O município reafirma a disponibilidade de pessoal e todos os insumos necessários para a imediata continuidade do processo”, disse.

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