Belorizontina

Sobe para 11 número de vítimas da doença nefroneural em Minas

A doença pode estar associada a contaminação na cerveja Belorizontina na capital mineira

Por Natália Oliveira
Publicado em 13 de janeiro de 2020 | 13:49
 
 
 
normal

Subiu para 11 o número de vítimas no inquérito que apura a síndrome nefroneural que já matou uma pessoa e pode estar associada à contaminação na cerveja Belorizontina, da cervejaria Backer, com dietilenoglicol. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (13), durante uma coletiva de imprensa da Polícia Civil que disse ainda que 10 novos casos podem entrart para o inquérito. 

Sabe-se agora que há uma mulher entre os pacientes e que ela tem os sintomas renais, porém não não os renais. Os primeiros casos da doença foram registrados somente em homens.  

Segundo o delegado  Flávio Grossi, da 4ª Delegacia de Polícia Civil do Barreiro, os casos suspeitos estão divididos entre vítimas criminais e pacientes com estado de saúde em que há suspeita da doença. Até o momento, são 11 casos dentro do inquérito policial, sendo que uma é vítima fatal.  

'Há uma oscilação de vítimas, mas é um número maior do que hoje eu tenho no inquérito policial', afirmou o delegado. Segundo ele, o número oscila porque depende de confirmações dos serviços de saúde e da medicina legal. 

"Tem um caso que está em aberto de uma mulher, que nós iniciamos a investigação quanto ao consumo. Esse (caso) bem preliminar, surgiu no final da semana passada", informou o delegado. 

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) foi procurada pela reportagem, que aguarda retorno. Na última atualização pelo site da pasta ainda são dez vítimas. "Até o momento, ficaram prontos os resultados de exames sanguíneos de três pacientes internados, realizados pela Polícia Civil. Existia a substância dietilenoglicol nas amostras de sangue", diz a última atualização da secretaria.

No último sábado veio a tona o caso de uma mulher que foi internada em Viçosa, na Zona da Mata, com a síndrome nefroneural. O caso foi notificado pela prefeitura do município na última sexta-feira (10), mas a Secretaria de Estado de Saúde (SES) ainda não havia confirmado. A Polícia Civil informou que não vai passar detalhes dos pacientes. 

Porque a maioria são homens?
 

A maioria dos internados com a doença misteriosa são homens e isso levantou a questão da motivação de somente pessoas do sexo masculino serem acometidas pela intoxicação. A nefrologista explicou que as motivações para isso podem ser várias.

"É importante considerarmos que as investigações ainda estão muito no início.  Não se sabe ainda se foi um lote todo, se uma garrafa tinha mais dietilenoglicol que a outra. Existe também a possibilidade de homens beberem mais cerveja do que as mulheres ou pode ser só uma coincidência de só homens terem bebido o lote. Nesse sentido ainda não há como fazer essa avaliação", considerou Lílian. 

O homem tem mais facilidade de metabolização de etanol que as mulheres e o dietilenoglicol  tem o mesmo processo de metabolização que o etanol. No entanto, ainda não é possível afirmar uma ligação dos paciente serem do sexo masculino com o metabolismo. 

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!