Superação. Essa é a palavra que guia a vida do comerciante e técnico de futebol Gleisson Rodrigues Batista, conhecido como “Zói”. O morador do Cabana Pai Tomás, na região Oeste tem 38 anos. Aos 11, ele foi eletrocutado enquanto soltava pipa e viu o rumo da sua vida mudar, completamente. Gleisson perdeu os dois braços e a perna direita. No entanto, Zói não parou, escolheu a resistência e o futebol.
Ele se adaptou e criou muitas oportunidades. Ainda na adolescência, ele conseguiu uma prótese em um programa de TV. Depois, Gleisson construiu a própria casa e um comércio, anexo à residência. Ele estudou e teve filhos.
Auxílio pra seguir
Tudo mudou, exceto a prótese da perna de Gleisson, que continua a mesma, há 20 anos. Atualmente, o material está velho, gasto, ultrapassado e não oferece mais a mobilidade necessária. É sacrificante passar horas em pé e se locomover com o aparelho, Por isso, três amigos de Zói iniciaram uma vaquinha virtual. O valor da prótese é R$ 73 mil, e só R$ 5.130 foram arrecadados.
“Uma prótese nova vai me ajudar a trabalhar sem sentir dor e participar do projeto social de esporte que tanto amo”, disse o vendedor.
Paixão pelo futebol e pelo social
Atualmente, Gleisson é técnico do projeto Fica Vivo. Um dos objetivos do programa é levar o esporte para jovens de bairros carentes e comunidades da capital. Ele lidera mais de 50 adolescentes. No entanto, por causa da pandemia, o projeto, que era realizado nos campos e nas quadras das escolas da região do bairro Cabana, teve que ser interrompido.
Quando o vírus deu uma trégua e a vacinação chegou, Gleisson arrumou um jeitinho para não deixar a paixão pelo esporte de lado. Na rua, um pequeno grupo treina todos os dias. “O esporte e o projeto são as minhas paixões. Para não deixar os jovens sem contato a nenhum esporte, reúno pequenos grupos, e os meninos se divertem”, disse Gleisson.
Gleisson não faz questão de ter próteses para os braços. Ele não se adaptou aos aparelhos que tem. “As próteses não possuem articulação. Resolvi adaptar a minha vida. Aprendi a escrever e desenhar usando caneta e lápis na boca e tomo banho usando os pés”, detalhou Gleisson.
“Consigo ter minha independência”
Quais são suas limitações?
Não uso essa palavra na minha vida. Eu me adaptei: escrevo usando a boca, escovo os dentes usando os meus pés. Consigo ter a minha independência.
Quais são os seus projetos?
Conquistar a prótese para eu ter melhor estabilidade e autonomia e desenvolver os meus projetos sociais, gosto de trabalhar com crianças e jovens.
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