'Belorizontina'

Sócios da Backer negam conhecimento sobre processos de produção de cervejas

Três réus foram ouvidos pelo juiz Alexandre Magno Resende, da 2ª Vara Criminal de Belo Horizonte

Por Vitor Fórneas
Publicado em 28 de novembro de 2023 | 16:30
 
 
 
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Os sócios da cervejaria Backer afirmaram que não tinham conhecimento sobre os processos de produção dos itens comercializados pela empresa. As audiências dos dez réus iniciaram nesta terça-feira (28 de novembro). Três foram ouvidos pelo juiz Alexandre Magno Resende, da 2ª Vara Criminal de Belo Horizonte, no Fórum Lafayette.

Os réus são acusados de lesão corporal, homicídio e tentativa de homicídio culposo por meio de contaminação de alimentos. Em 2019, uma linha de produção da cervejaria foi contaminada por dietilenoglicol, matando dez pessoas por intoxicação ao consumirem a cerveja Belorizontina. 

Em depoimento, Ana Paula Lebbos afirmou ser sócia-proprietária e diretora de marketing da Backer. Ela ressaltou que não tinha contato com o parque industrial nem com a produção de cerveja. A atuação era, conforme dito, somente na divulgação e publicidade dos produtos e da cervejaria.

Assim que o Ministério da Agricultura apontou a possível contaminação dos lotes da cerveja Belorizontina, Ana Paula informou que a população foi orientada a não consumir a bebida e que isso ocorreu por meio do acionamento dos meios de comunicação e da imprensa.

Hayan Franco Khalil Lebbos e Munir Franco Kalil Lebbos, sobrinhos de Ana Paula, também foram ouvidos e disseram que não tinham nenhuma função na cervejaria. Nos depoimentos, eles destacaram que só passaram a integrar a sociedade devido à separação dos pais. A empresa era administrada pelo pai e o tio, conforme afirmado ao juiz.

Munir Lebbos comentou que na época do ocorrido ele era o responsável pelos cinco restaurantes da família, três em Confins, além de um em Contagem e o Templo Cervejeiro. O último, apesar de ficar localizado no mesmo terreno em que o escritório e a cervejaria, eram independentes, inclusive com portão separando os ambientes. Ele ainda ponderou que não frequentava a fábrica da Backer, somente comprava as cervejas produzidas. 

Por fim, Munir disse que somente ia ao escritório quando havia a exigência de assinatura de documentos por todos os sócios e que isso era realizado confiando no pai. 

Nesta quarta-feira (29 de novembro) estão previstos os depoimentos de Ramon Ramos de Almeida Silva, Sandro Luiz Pinto Duarte, Cristian Freire Brandt e Adenilson Resende de Freitas.

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