A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informou, na tarde desta quarta-feira (10/9), que acompanha, junto à secretaria municipal, o aumento de casos de Doença Diarreica Aguda (DDA) em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e a Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário de Minas Gerais (Arsae-MG) também acompanham a situação. A Copasa garante que o surto não está relacionado à qualidade da água fornecida aos moradores.

A cidade enfrenta um surto da doença nos últimos dias. Dados oficiais apontam que, em média, a cada 27 minutos alguém procura uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) com sintomas de gastroenterite e Doença Diarreica Aguda (DDA), como fraqueza, mal-estar, dor abdominal e diarreia. Entre 3 de agosto e 8 de setembro, foram registrados 1.957 atendimentos, o que corresponde a uma média de 54 casos por dia.

Em nota, a SES-MG afirmou que atua em apoio às investigações de surtos de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA), com foco na identificação de possíveis fontes de contaminação e na adoção de medidas para reduzir riscos. O monitoramento epidemiológico é realizado pelo Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica de Doença Diarreica Aguda (Sivep-DDA), que permite acompanhar a ocorrência de casos e orientar as ações locais de prevenção e controle.

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Sobre a vigilância da água, a SES-MG destacou que mantém de forma contínua o Programa de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Vigiagua), avaliando parâmetros físico-químicos e microbiológicos da água distribuída à população. Em situações emergenciais, o programa disponibiliza hipoclorito de sódio para desinfecção domiciliar. Recentemente, o Estado investiu R$ 50,3 milhões para reforçar as ações municipais de vigilância da água em todo o território mineiro.

Diarreia

Segundo a SES-MG, as doenças diarreicas agudas são infecções gastrointestinais causadas por bactérias, vírus ou parasitas, frequentemente associadas ao consumo de água e alimentos contaminados, à falta de saneamento e a condições inadequadas de higiene. Embora a maioria dos casos seja autolimitada, podem provocar desidratação, especialmente em crianças, idosos e pessoas imunossuprimidas.

A SES-MG reforça que a população deve adotar medidas preventivas, como lavar bem as mãos, consumir água tratada, manipular e conservar corretamente os alimentos, e procurar atendimento médico em caso de diarreia persistente, febre ou sinais de desidratação.