Integrantes do Movimento Tarifa Zero protestaram, na noite desta quinta-feira (10), na praça Sete, no centro de Belo Horizonte, contra o reajuste de 11% nas tarifas de ônibus do transporte coletivo da capital. Segundo os organizadores, o reajuste é “abusivo e injusto”. 

De acordo com o coletivo, cerca de 400 pessoas se dirigiram até a porta da Prefeitura de Belo Horizonte, onde queimaram uma catraca. O protesto durou cerca de uma hora. A Polícia Militar não divulgou o número de protestantes.

O movimento ainda criticou a auditoria feita pela PBH que, segundo o prefeito Alexandre Kalil (PBH), abriu a “caixa-preta” da BHTrans.

A auditoria apontou que a passagem de ônibus na capital deveria custar R$ 6,35, quando o valor praticado era de R$ 4,05.

O Tarifa Zero fez um estudo que mostrou que a passagem em BH deveria ser R$ 3,45. “Se a prefeitura falou que as empresas estão no prejuízo assim, como é que elas ficaram tantos anos em operação? Caridade é que não foi”, publicou o movimento nas redes sociais.

Na época em que os resultados da auditoria foram apresentados, a prefeitura ressaltou que foram analisados 104 mil documentos da BHTrans e das empresas de ônibus da capital. Ainda conforme o Executivo, os resultados da auditoria estão disponíveis no site da prefeitura para consulta de qualquer cidadão. 

Em São Paulo, também houve manifestação nas ruas contra o aumento da tarifa do transporte coletivo. O Movimento Passe Livre (MPL) foi às ruas protestar contra o reajuste de 7,5% nas passagens – a tarifa passou de R$ 4 para R$ 4,30 no dia 7 de janeiro. O MPL quer discutir outras questões, como o corte de linhas.