Triângulo mineiro

Uberlândia encontra variantes de Manaus e secretário diz temer falta de oxigênio

A descoberta das novas cepas na cidade foi feita por pesquisadores da UFU e da USP

Por Da Redação com CAMILA MATTOSO / FOLHAPRESS
Publicado em 05 de março de 2021 | 20:14
 
 
 
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O secretário de Saúde de Uberlândia (MG), Gladstone Rodrigues, afirmou nesta sexta-feira (5) que foram encontradas as cepas britânica e de Manaus do novo coronavírus em pacientes da cidade.

O município tem mais de 180 doentes na fila por um leito de UTI e enfrenta uma escalada no número de casos.

Segundo o secretário, há preocupação com de falta de oxigênio na rede hospital e, por isso, a empresa White Martins foi procurada para dar "segurança de fornecimento" por que o tamanho da demanda é imprevisível.

"Não sabemos o tamanho do tsunami", disse em conversa com a imprensa. Na quinta-feira (4), Jair Bolsonaro visitou a cidade.

Segundo Odelmo Leão (PP), prefeito do município, o presidente foi comunicado sobre três ofícios encaminhados ao Ministério da Saúde com solicitação de ajuda para a criação de mais leitos de UTI em um hospital federal de Uberlândia.

No início da semana, a pasta informou à reportagem que estava tomando providências, e já tinha recriado 20 leitos.

A descoberta foi feita por pesquisadores da UFU (Universidade Federal de Uberlândia) e e da USP (Universidade de São Paulo). ​

Empresa pede previsibilidade

A empresa White Martins diz que a quantidade de oxigênio entregue, tanto no setor público, quanto no privado é estalecida em cada contrato e que casos onde há necessidade de alteração na quantidade e no prazo da entrega devem ser comunicados com antecedência.

"A companhia tem informado aos seus clientes e às autoridades de saúde locais sobre variações de consumo de oxigênio e, nestas oportunidades, tem solicitado que sejam comunicadas de forma antecipada e formalmente as necessidades de acréscimo no fornecimento do produto bem como a previsão da demanda. Isso porque compete às instituições de saúde, públicas e privadas, sinalizar, formalmente e em tempo hábil, qualquer incremento real ou potencial de volume de gases às empresas fornecedoras", esclarece, por meio de nota.

A fornecedora esclarece, ainda que não consegue fazer um prognóstico de aumento de casos e, consequentemente, da elevação na demanda de oxigênio. 

"Estes estabelecimentos são responsáveis pela gestão da saúde e têm acesso a dados que compõem o panorama epidemiológico da COVID-19, como o índice e a velocidade de contágio da doença, o crescimento da taxa de ocupação de leitos, a abertura de novos leitos, a implantação de hospitais de campanha, a quantidade de pacientes atendidos, bem como a classificação dos casos. A White Martins – como qualquer fornecedora deste insumo – não tem condições de fazer qualquer prognóstico acerca da evolução abrupta ou exponencial da demanda", concluiu a fornecedora.

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