Educação

UFMG terá três novos cursos de graduação; veja quais

A criação das novas formações foi aprovada pelo Conselho Universitário; universidade passa a oferecer 94 cursos

Por O Tempo
Publicado em 23 de outubro de 2023 | 22:57
 
 
 
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A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) terá três novos cursos de graduação: Arqueologia, vinculado à Fafich, Engenharia de Materiais, da Escola de Engenharia, e Ciência de Dados, do Instituto de Ciências Exatas (ICEx). A criação das novas formações foi aprovada pelo Conselho Universitário em 5 de outubro, e oficializada por meio de Resoluções publicadas no Boletim UFMG. A universidade passa a oferecer 94 cursos de graduação.

Dois dos novos cursos, Arqueologia e Engenharia de Materiais, inauguram na UFMG o mecanismo das estruturas formativas de tronco comum, organizadas por meio da gestão compartilhada de um conjunto de atividades acadêmicas curriculares que se articulam em eixos temáticos comuns a dois ou mais cursos de graduação. Arqueologia terá tronco comum com Antropologia, e Engenharia de Materiais, com Engenharia Metalúrgica. Os cursos já existentes, que abrigavam as novas áreas de graduação como percursos específicos, tiveram suas grades reformuladas.

“A produção do conhecimento é dinâmica e sempre aberta ao novo. E a UFMG, como é de sua tradição, sempre esteve pronta para contribuir para a resposta a esse tipo de demanda, na forma de inovação, expansão e reestruturação dos cursos de graduação”, diz a reitora Sandra Regina Goulart Almeida.

Os três novos cursos ilustram movimentos iniciados no âmbito das unidades acadêmicas, em momentos e com ritmos distintos, como destaca o pró-reitor de Graduação, Bruno Teixeira. “Em um universo de tantas opções, a ideia do tronco comum pode ser mais um facilitador para orientação dos estudantes que desejam ingressar no ensino superior. O tronco comum possibilita a expansão como um processo de divergência em que se exploram convergências entre as áreas do conhecimento”, diz Teixeira. “A formação se torna ainda mais qualificada, porque o estudante, futuro profissional, aprende a dialogar com áreas próximas já durante seu curso de graduação.”

O pró-reitor ressalta ainda que as estruturas de tronco comum propiciam gestão mais eficiente e equânime, uma vez que o suporte administrativo e acadêmico é único para os dois cursos. Segundo Bruno Teixeira, no momento de fazer sua opção no processo seletivo, o candidato a um dos cursos de tronco comum indicará uma área básica de ingresso e poderá, após integralizar determinado conjunto de atividades do tronco comum, escolher livremente o curso no qual obterá grau.

Baixos custos

A regulamentação, em 2018, da profissão de arqueólogo foi uma das motivações para a criação do curso de Arqueologia, da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas. Até agora, a formação ocorre como habilitação dentro da graduação em Antropologia. O novo curso vai compartilhar atividades curriculares com Antropologia, no sistema de tronco comum.

“Esse mecanismo, aliado a outras normas de graduação implementadas recentemente, simplifica processos, como a criação de uma formação nesse segmento de ensino na universidade, que se dá com baixo custo administrativo e pequeno ônus de adaptação”, afirma o diretor da Fafich, professor Bruno Reis. Ele salienta que a estrutura atual foi mantida em boa medida na atualização curricular feita para viabilizar o novo formato dos cursos.

Presença antiga

A área do novo curso da Escola de Engenharia já é fortemente representada na UFMG. Não por acaso, a palavra que define esse campo já compõe os nomes do Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais e do Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica, de Materiais e de Minas. A pesquisa contempla materiais metálicos, cerâmicos, compósitos e outros. “A engenharia e a ciência de materiais estão presentes há muito tempo no ensino e na pesquisa da Escola de Engenharia. Por isso, é mais que natural a criação deste que é o 12º curso de graduação da Escola”, afirma o diretor da unidade, Cícero Starling. A graduação recém-criada vai assegurar, segundo Starling, plena habilitação profissional no campo dos materiais.

“Das instituições mais bem avaliadas, só a UFMG ainda não tinha o curso”, informa o diretor, acrescentando que o mecanismo do tronco comum vai propiciar a possibilidade de o estudante formado em Engenharia Metalúrgica se graduar também, com mais alguns semestres de estudos, em Engenharia de Materiais, e vice-versa. As graduações com entrada única vão oferecer 80 vagas anuais frente às 60 disponíveis para Engenharia Metalúrgica no último processo seletivo.

Demanda do mercado

O curso de graduação em Ciência de Dados, que vai oferecer 40 vagas por ano, deverá atender a uma demanda de mercado que hoje é suprida, sobretudo, por profissionais formados em Ciência da Computação, Estatística e cursos de Engenharia. A criação do curso tem sido recomendada pela Sociedade Brasileira de Computação.

Segundo o vice-diretor do ICEx, Renato Celso Ferreira, a relação da unidade com seus egressos traz informações sobre o posicionamento deles no mercado, e esses profissionais têm enfatizado a demanda recente. “Vamos passar a formar profissionais ainda mais preparados, com forte capacitação para as demandas, munidos de conhecimentos nas duas áreas. Muitos professores dos dois departamentos [Estatística e Ciência da Computação] já atuam em pesquisas e consultorias no campo da ciência de dados”, diz o professor.

O curso de Arqueologia será ofertado já em 2024, e a universidade está cuidando dos trâmites para abertura de vagas para Engenharia de Materiais e Ciência de Dados.

Da UFMG

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