Covid

Vacina da Janssen começa a ser usada em MG: veja detalhes do imunizante

Dose única e recomendação para maiores de 18 anos são alguns pontos da vacina da Johnson & Johnson

Por Aline Gonçalves
Publicado em 27 de junho de 2021 | 09:07
 
 
 
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Minas Gerais recebeu, nessa sexta-feira (25), 149.550 doses de vacina Janssen, as primeiras deste imunizante no Estado, e as distribuiu nesse sábado (26). O primeiro lote do imunizante no país, com 1,5 milhão de doses, chegou ao Brasil na última terça-feira (22). As doses fazem parte de um contrato de 38 milhões de doses entre a farmacêutica e o governo federal.

Apesar do governo federal ter recomendando o uso deste imunizante para pessoas com comorbidades e deficiência permanente, em Minas Gerais, segundo o governo estadual, a sugestão aos municípios é que eles sejam utilizados em trabalhadores do transporte coletivo, funcionários da limpeza urbana e das forças de segurança e de salvamento, além da população de rua do Estado - casos esses grupos ainda não tenham se imunizado.

Além desse primeiro lote, o governo federal já recebeu 300 mil doses da Janssen, que chegaram na última quinta-feira, e 3 milhões de doses, sendo essa parte doada diretamente pelos Estados Unidos - foram dois voos do país, um na sexta-feira, com 2 milhões de doses, e outro no sábado, com cerca de 1 milhão (ou seja, já estão de posse do Ministério da Saúde mais 3,3 milhões de doses do imunizante a serem distribuídas aos Estados).

Veja detalhes sobre o imunizante Janssen:

Validade das primeiras doses
Inicialmente, este primeiro lote da Janssen teria validade até 27 de junho. No entanto,a Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora norte-americana, ampliou seu uso para 8 de agosto (assim, a validade passoud e 3 meses para 4 meses e meio). "A decisão é baseada em dados dos estudos de avaliação de estabilidade que estão sendo realizados", disse a FDA por ocasião da aprovação, no dia 10 de junho. A medida foi validade pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no último dia 14.

Uma dose e conservação
A vacina Janssen é produzida pela subsidiária da gigante norte-americana Johnson & Johnson. É a única atualmente que necessita apenas de uma única dose para imunização. Do ponto de vista logístico, a vacina da Johnson & Johnson é considerada a mais atraente do mercado, pois não requer uma cadeia de frio extrema. Segundo a Anvisa, seu  prazo de validade é de três meses quando armazenado na temperatura entre 2°C e 8°C. Após aberto, o frasco pode ser utilizado em até seis horas.

Aprovação
Esta vacina já foi aprovada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e também pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no Brasil, em 31 março.

Eficácia
Segundo dados do fabricante, a vacina previne a Covid-19 nos casos moderados a graves em 66,1% depois de 28 dias da aplicação da injeção, mas aumenta para 85,4% se considerada apenas a versão grave da doença.

De acordo com a Anvisa, nos testes apresentados, os números foram de 66,9% de eficácia para casos leves e moderados e 76,7% de eficácia para casos graves após 14 dias da aplicação.

Idade
É indicada para maiores de 18 anos, segundo determinação da Anvisa.

Efeitos adversos
Este imunizante apresentou reações raras similares à da Astrazeneca em relação a coágulos e trombose, o que fez alguns países proibirem sua aplicação (como a Dinamarca) ou restringirem os grupos. Em abril, a FDA, órgão regulador americano, chegou a suspender temporariamente o uso desta vacina nos Estados Unidos, mas voltou atrás semanas depois considerando que os benefícios da vacina superam os riscos. A França, por exemplo, decidiu administrá-la a pessoas de 55 anos ou mais, assim como no caso do imunizante produzido pela AstraZeneca. 

Como funciona
Baseado em vetores de um vírus que causa o resfriado comum (adenovírus sorotipo 26) e que, uma vez modificado para o desenvolvimento do imunizante, não se replica ou resulta em resfriado. A vacina também utiliza o código genético da proteína spike do Sars-CoV-2. Assim, ao ser imunizado, o indivíduo recebe o material genético do coronavírus dentro do adenovírus, o que faz com que o corpo produza anticorpos contra o invasor. Dessa forma, o organismo cria uma resposta imunológica e uma memória e, caso a pessoa venha a ser infectada pelo vírus, o corpo irá reconhecê-lo e logo entrará em ação

 

 

(com Letícia fontes e agências)

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